Branko, Fogo Fogo e Scúru Fitchádu são alguns dos artistas anunciados para o festival Ti Milha, que a partir de sexta-feira promete a melhor edição de sempre na Ilha, no concelho de Pombal, distrito de Leiria.
No Parque de Lazer da Ilha, há quatro dezenas de momentos previstos ao longo de três dias de um festival em que a música ocupa o grosso da programação diversificada, que vai das conversas sobre sexualidade à etnografia, passando pela poesia, teatro, cinema, ação ambiental, tai chi e ajuda animal.
“Sempre foi a nossa visão para o festival: que não fosse simplesmente de música. Queremos sempre ter uma oferta cultural diversificada e que as pessoas possam vir cá e aproveitar e ver um bocadinho de cultura, oferecendo experiências diferentes”, explicou à agência Lusa o diretor do Ti Milha, David Gomes.
Este ano, a organização decidiu “subir um bom bocado o orçamento”. É por isso, explicou o responsável, que se promete “a melhor edição de sempre”.
“Pelo programa que construímos e pelo investimento que fizemos, conseguimos captar bandas, artistas, e tudo o resto, que já têm um bocadinho mais de mediatismo e que são mais atrativos”.
Mantendo uma combinação de “trabalho, criatividade e mais uma série de outras coisas” que têm construído a identidade do evento, na Ilha decidiu-se, este ano, “subir um bocadinho a parada”.
“A expectativa tem de ser de termos a melhor edição de sempre. É para isso que estamos a trabalhar”, acrescentou o diretor do festival, que tem, a cada ano, feito o exercício de “tentar perceber o que é se pode encaixar de novo”, para garantir sempre “alguma coisa diferente” e “ter representadas todas as áreas de âmbito cultural e artístico”.
No primeiro dia do festival, sexta-feira, atua o cabeça de cartaz, Branko, “um dos maiores representantes da música eletrónica em Portugal”.
Para uma aldeia como a Ilha, “há um gozo enorme por se ver que se consegue estar num patamar em que se atrai este tipo de artistas”.
O mesmo se passa com Fogo Fogo e, a par da música, David Gomes destacou a presença da psicóloga e sexóloga Tânia Graça, que no sábado vai conversar sobre feminismo, sexualidade, relações, liberdade e outros temas.
A fechar este Ti Milha, no domingo destaca-se o Sarau do Rancho, em que é recriado o trabalho do bracejo, a arte de fazer cestos típicos da Ilha, uma tradição em que se cantava ao mesmo tempo. “Não é um espetáculo de rancho, é um momento muito único e muito nosso, que atrai cada vez mais pessoas de fora”, concluiu o diretor do festival, que assim cumpre o objetivo de “mostrar a Ilha ao mundo e o mundo à Ilha”.
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