O evento é pela primeira vez organizado com base num concurso público, promovido pela Câmara Municipal do Funchal, que escolheu a empresa Choose Fantasy, de Marco Chaves e Paulo Barbosa, sendo este o diretor artístico do festival.

As organizações anteriores foram atribuídas por ajuste direto, pelo município, e este ano representa um investimento da autarquia na ordem dos 87.500 euros.

“Foi preciso muita poupança e todo o restante será suportado com verbas angariadas junto de patrocinadores privados”, disse Paulo Barbosa à agência Lusa.

O diretor artístico sublinhou que, em termos de programa, “o objetivo foi trazer o que há de melhor no jazz atual”. “Por isso, temos músicos absolutamente reconhecidos nos Estados Unidos, quatro grupos premiados pelas melhores publicações do jazz da atualidade e dois nomes nacionais”, salientou o responsável.

Assim, a abrir, na primeira noite, atua o pianista Jason Moran a solo, seguindo-se o grupo de contrabaixistas de Ben Allison.

No dia seguinte, será a vez do Mário Laginha Trio e o ‘Pianista do Ano’, Vijay Iyer, terminando o programa o projeto Azul de Carlos Bica e o quinteto do agora também premiado ‘Trompetista do Ano’, Ambrose Akinmusire, tendo o cantor Theo Bleckmann como convidado especial.

“Pretendemos mostrar a elevada qualidade do jazz, que o jazz se mantém vivo e está de boa saúde, com artistas de referência do lado de lá e de cá do Atlântico”, realçou Paulo Barbosa.

Sobre o local onde decorrem os espetáculos, nos jardins do parque de Santa Catarina, o diretor salienta que é “o espaço ideal, com uma beleza indiscutível, sobre a baía do Funchal, e a inclinação do terreno é adequada à realização deste tipo de eventos”. “Esperamos ter, pelo menos, uma média de 2.000 pessoas por noite”, perspetiva.

Paulo Barbosa aponta que uma das apostas, caso vençam o concurso do próximo ano, é uma maior internacionalização turística do festival, mencionando a importância da parceria com o Belmond Reid´s Palace, cujo responsável pretende incluir o festival nos pacotes a oferecer em 2015.

O diretor menciona que o programa do festival inclui também várias atividades paralelas, como atuações da responsabilidade do Conservatório das Artes da Madeira, em frente ao Teatro Municipal do Funchal, e ações de formação para alunos e professores desta instituição.

Nestas ações participam vários músicos nacionais, casos de Mário Laginha, Bernardo Moreira, Alexandre Frazão, André Santos, Ricardo Toscano e Jorge Borges.

Do programa consta ainda, entre outras iniciativas, uma exposição fotográfica do artista Fagundes Vasconcelos, “workshops” de fotografia e "jam sessions".

@Lusa