A instituição salienta ainda o facto de ser «autor de inúmeros trabalhos sobre fado», sublinhando ser «uma grande perda para o universo fadista».
Julieta Estrela de Castro, visivelmente emocionada, sublinhou «a enorme entrega e dedicação de José Manuel Osório à causa fadista, desenvolvendo um estudo das fontes, trazendo à luz do dia datas, nomes e factos que eram desconhecidos ou estavam esquecidos».
A presidente da Associação Portuguesa dos Amigos do Fado (APAF) recordou uma palestra na Fonoteca Municipal de Lisboa, de apresentação de um trabalho de investigação de José Manuel Osório, que se intitulava «Coisas de um coca-bichinhos».
«Isso de facto caracterizava-o pela minúcia com que investigava, na forma persistente e na pertinácia com que seguia as coisas do fado, pesquisando sem se abater e confrontando as diferentes fontes».
«Uma grande perda, um amigo desde sempre da Associação. Participou na sua fundação e dinamizou o meio fadista, reabilitando de certa forma o fado para o grande público», disse a responsável referindo-se à coordenação das noites de fado na Casa do Registo, por José Manuel Osório, durante a Lisboa’94.
«O José Manuel Osório nunca baixou os braços. Encontrou forças onde não pensava tê-las e o fado beneficiou muito com essa sua dedicação», disse Julieta Estrela de Castro, salientando também a sua «luta persistente, sem quartel e corajosa, contra a SIDA, que é um exemplo para todos nós».
SAPO/Lusa
Comentários