Com o EP "Não Sei/Estive Enamorado/O Mal às Vezes é Um Bem/Vê", de 1966, o cantor alentejano nascido em Mourão, a 21 de janeiro de 1945, deu início a uma das discografias mais longas e comercialmente bem sucedidas da música nacional, contando mais de 70 discos editados e cerca de quatro milhões e meio de exemplares vendidos.
Distinguida através de mais de cem galardões de platina e ouro, a sua carreira foi deixando êxitos como "Maravilhoso Coração", "Joana", "Anita", "Morena Morenita", "Sempre Que Brilha O Sol", "Taras e Manias" ou "Eu Tenho Dois Amores". Esta última, apesar de ser um dos maiores sucessos de sempre da música popular portuguesa, está longe de ser das preferidas do cantor, que já revelou que só a interpreta na maioria dos concertos para não defraudar o público.
Além dos discos, o percurso de Marco Paulo também ficou marcado por várias participações no Festival RTP da Canção, iniciadas em 1967, com "Sou Tão Feliz". Na fase inicial da carreira colaborou com Madalena Iglésias, antes de ser cantor profissional, ou Simone de Oliveira, com quem assinou uma versão de "Somethin' Stupid", de Frank Sinatra.
Entre outras versões que interpretou constam ainda temas do Eurofestival da Canção de 1970 ao lado de músicos do Quarteto 1111; de "I Just Called to Say I Love You", de Stevie Wonder ("Só Falei Para Dizer Que Te Amo") ou de várias canções de Roberto Carlos no álbum "Amor Sem Limite", de 2004. O disco "Marco Paulo", de 2007, destacou-se por ter sido o primeiro apenas com composições originais.
Na década de 1990, o cantor foi também apresentador do programa "Eu Tenho Dois Amores", na RTP, sucesso de audiências com mais de 90 edições, a partir de 1994, e dois anos depois conduziu "Música no Coração", no mesmo canal. Em 1996 enfrentou ainda uma batalha contra o cancro, tendo sido sujeito a uma operação ao cólon para remover um tumor.
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