Em apresentação estará o disco de estreia da artista marroquina, galardoada com os prémios Victoires De La Musique 2011 e Prix Constantin 2010, “Handmade”.

Os bilhetes, já à venda nos locais habituais, custam €22. O espetáculo tem início às 21h30.

Sobre Hindi Zahra

Hindi Zahra é um daqueles talentos que de tão raros se tornam imediatamente notórios. E para que se repare nela só é necessário ouvi-la: voz de lamento ou celebração, singular no timbre e na respiração, sabedora nas histórias que conta e nas mensagens que transmite. Hindi Zahra, pode dizer-se, não escolheu a música, antes foi escolhida por ela. Nascida no seio de uma família berbere em Marrocos, pai militar e mãe actriz e cantora, Hindi Zahra, agora com 30 anos, sempre teve família envolvida na música - nomeadamente tios que faziam parte da cena psicadélica de Marrocos. As coordenadas musicais em casa tanto significavam que se ouviam as divas egípcias como Oum Khalsoum, como os blues de Ali Farka Touré ou a folk de Ismael Lo.

Já em Paris, ao lado do seu pai, descobriu a arte no Louvre e como as emoções se podem traduzir em obras. Seguiu-se a tradição musical americana, de Aretha Franklin a 2 Pac. Em 2005, a música começou a ganhar mais peso, altura em que as canções pareciam brotar de si a uma velocidade estonteante. Sem que ninguém lhe tivesse explicado como fazer música. Dessa colheita vieram canções como Oursoul e Beautiful Tango. Abrem o seu primeiro trabalho, apropriadamente intitulado “Handmade”, porque há, de facto, uma qualidade artesanal em tudo o que Hindi Zahra faz, uma qualidade que a distingue da maior parte da música pré-fabricada de acordo com as exigências do mercado que domina a atualidade.

Sara Novais