Mísia, que recentemente atuou no Jubileu do Discurso de Reconciliação franco-alemã proferido por Charles de Gaulle a 9 de setembro de 1962, iniciou esta semana a digressão alemã do seu último disco "Senhora da Noite". Berlim, Hamburgo, Estugarda, Frankfurt, Düsseldorf e Nürnberg são as cidades alemãs a acolher o espetáculo.

No início do mês de outubro, e a convite de Christina Pluhar fundadora de L'Arpeggiata, a fadista gravou cinco temas com este prestigiado grupo de música barroca.

"Senhora da Noite", o décimo álbum de Mísia, é um regresso ao fado tradicional e marca um retorno depois de dez anos ("Ritual", 2001) a um disco exclusivamente de fado e marca, sobretudo os 20 anos de carreira discográfica ("Mísia", 1991).

De acordo com a página de Mísia na internet, o conceito deste projeto tem por base os fados tradicionais, com textos escritos exclusivamente por poetisas, escritoras (Agustina Bessa-Luís, Hélia Correia, Lídia Jorge, etc) cantoras ou fadistas, como é o caso de Amália Rodrigues, Amélia Muge ou a própria Mísia.

Tal como no seu disco "Garras dos Sentidos", as músicas do velho fado tradicional terão, para além do trio das guitarras, as linhas melódicas do acordeão, do piano e do violino, instrumentos introduzidos por Mísia no fado desde as suas primeiras gravações e que constituem a sua sonoridade.