![Músico angolano Nástio Mosquito promete «boa música» na estreia a solo em Portugal](/assets/img/blank.png)
Em declarações à Lusa, já em Lisboa, Nástio Mosquito reconhece que a “atenção” mediática que tem recebido coloca sobre si “a pressão de dar um bom concerto”. Porém, garantiu, isso não o deixa “ansioso”, mas “entusiasmado”.
Para além do álbum “Se eu fosse angolano”, aqueles que assistirem ao concerto agendado para esta quinta-feira na discoteca lisboeta Lux, às 22:00, vão poder ouvir também “canções de outros tempos, algumas delas até compostas em Lisboa”, adiantou o músico.
O artista angolano quer, acima de tudo, que as pessoas se divirtam. “Quero que vejam mesmo, não só oiçam, mas que vejam boa música”, vinca. “Não tenho a mínima pretensão de sequer desejar que as pessoas sintam… a única coisa que eu posso fazer é dar o meu melhor em cima do palco e, se der o meu melhor, a possibilidade será que as pessoas tenham uma boa noite”, acredita.
No concerto, Nástio Mosquito contará com a colaboração do teclista João Gomes e do designer gráfico espanhol Vic Pereiró, para “fazer a cenografia visual e vídeo do concerto”. O rapper guineense Alexandre Francisco Diaphra (também conhecido como Biru) fará a primeira parte.
Em entrevista à Lusa, em agosto, Nástio Mosquito assumiu alguma mágoa por nunca ter sido convidado para atuar em Portugal. Três meses depois, atuou no festival Mexefest e assinou contrato com a agência La Maquina.
Mais conhecido pelo trabalho de artes plásticas, tendo já exposto na Tate Modern, em Londres, e no Museu Berardo, em Lisboa, Nástio Mosquito quer agora dedicar-se à música, mas, sobre novos trabalhos, prefere ir “com calma” e pensar “uma coisa de cada vez”.
Autor de todos os temas de “Se eu fosse angolano”, Nástio Mosquito quis, com o duplo álbum, fazer “um convite à reflexão” sobre uma Angola contemporânea e plural e sobre “as relações entre homem e mulher, a relação das pessoas com o dinheiro, com os mais velhos”.
De Lisboa, Nástio Mosquito seguirá para Guimarães, onde vai encerrar o WestWay Lab Festival, no Café Concerto do Centro Cultural Vila Flor, à meia-noite de sábado.
Para o verão está já confirmada a presença no Festival Músicas do Mundo, em Sines. “É o princípio de alguma coisa”, congratula-se o músico angolano.
@Lusa
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