Numa publicação na rede social Instagram, os músicos indicam que a manifestação de interesse irá decorrer pelas 14h00 no auditório do centro comercial Stop.
Em causa está a “falta de comunicação e transparência”, o funcionamento do centro comercial após as 23h00 e a participação da comunidade de músicos e artistas na administração do edifício.
A manifestação irá coincidir com a reunião anual da assembleia de condomínio do centro comercial Stop.
Num ofício a que a Lusa teve acesso, a mesa da assembleia esclarece que o mandato do administrador Ferreira da Silva “caduca as funções para que foi nomeado para 2022-2023” e que o mesmo não será reconduzido.
Os proprietários e a comunidade artística tinham até quinta-feira para apresentar as listas candidatas para o biénio 2024-2025, que serão discutidas e votadas na respetiva reunião.
A par da nova administração de condomínio, os proprietários vão deliberar sobre o orçamento para este e o próximo ano, assim como analisar a situação do prédio “perante a Câmara do Porto”, as ações que foram e serão desenvolvidas, e as ações jurídicas em curso.
A classificação do centro comercial Stop como imóvel de interesse municipal foi aprovada, por unanimidade, pelo executivo municipal a 6 de novembro.
A aprovação do início do procedimento de classificação implica, ao abrigo da Lei de Bases do Património Cultural, a constituição de uma zona geral de proteção de 50 metros.
Em resposta à agência Lusa, a Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) manifestou-se a 30 de novembro favorável à classificação do imóvel, tendo o processo sido encaminhado para a Direção Geral do Património Cultural (DGPC) para decisão final.
A Lusa contactou, a 4 de janeiro, a DGPC sobre esta matéria e aguarda resposta.
O Stop, onde maioritariamente funcionam salas de ensaio e estúdios, viu a maioria das suas frações serem seladas a 18 de julho, deixando quase 500 artistas e lojistas sem terem para onde ir, mas reabriu a 4 de agosto, com um carro de bombeiros à porta.
O Stop vai continuar a funcionar por tempo indeterminado na sequência de uma providência cautelar interposta pelos proprietários à decisão da câmara de encerrar o edifício, confirmou a 22 de setembro o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.
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