O comunicado de imprensa da Trem Azul descreve as virtudes dos três intérpretes: «Norberto Lobo é já uma das figuras principais da música portuguesa deste arranque de século. Guitarrista de uma expressividade tocante, a sua música é pura e de uma limpidez emotiva que nos trespassa e hipnotiza a todos, porque de alguma forma nos identificamos com ela, é uma música carregada, em certa medida, de um espírito de Portugalidade (presente por exemplo nas suas homenagens a Carlos Paredes). Mas Norberto Lobo é tudo isto e muito mais: a linguagem que pratica é sua e ímpar. Isto porque a sua cabeça está repleta de músicas que vão de John Fahey a Thelonious Monk ou de Ravi Shankar a Jim O'Rourke. Já partilhou palcos e digressões com vários músicos internacionais, como é o caso de Lhasa de Sela, Devendra Banhart, Larkin Grimm, Naná Vasconcelos ou Rhys Chatham.
Gabriel Ferrandini é um dos grandes fenómenos recentes de genialiedade. Com apenas 24 anos já contagiou tudo e todos com a sua energia e determinação. Já passou de promessa a confirmação de que realmente «é mesmo um puto incrível». Tem feito jus as suas capacidades em projectos como Motion Trio de Rodrigo Amado, RED trio, ou mais recentemente com David Maranha ou Pedro Gomes e figuras de renome como Rob Mazurek, Alberto Pinton, John Butcher, Nate Wooley, Per Zanussi, Alfred «23» Harth, Raymond Strid e David Stackenas, entre outros.
Manuel Mota é uma figura maior e incontornável da música exploratória feita em Portugal. Por si só é uma presença, uma paixão, uma dádiva – uma evidência. A música do Manel é áspera, é matéria bruta, é um túnel sem fundo, é complexa e estranha. A música do Manel é linda, é delicada e genuina, é tão simples e depurada. como só o Manel sabe fazer A música do Manel não tem tempo nem planeta – simplesmente flutua numa órbita desconhecida. O Manel é único e é nosso».
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