
Os Evanescence são um caso curioso no mundo da música. Passaram despercebidos no início da carreira (como credibilizar uma banda de heavy-metal liderada por uma jovem de 14 anos?), demoraram quase 10 anos a gravar o primeiro disco, alcançaram reconhecimento com um álbum de estreia do qual, assumidamente, não gostavam e depois de um segundo trabalho mais de acordo com a sua vontade (não a do público), voltaram para o casulo, minados por desavenças pessoais. Feita a desintoxicação, parecem finalmente ter encontrado identidade(ao ponto de o novo álbum ser homónimo) e cá estão eles no Music Box. Não faltam as baladas, as incursões pela música clássica, a teatralidade nas composições e as vocalizações obscuras. Tudo para conferir aqui.
Ryan Adams era um dos nomes mais aguardados pelos festivaleiros nacionais, mas foi no conforto e cumplicidade da Aula Magna e do Teatro Sá Da Bandeira que os portugueses puderam ver pela primeira vez o arisco crooner norte-americano espalhar o seu charme desajeitado. Um único lamento para essas noites: ainda não havia o novo álbum para apresentar. Houve uma ou outra incursão, mas «Ashes & Fire», para ouvir aqui, merece um espetáculo só para si, tal a grandeza das composições.
Se Ryan Adams levou anos para visitar o nosso país enquanto artista, Nneka não passa um sem cá vir. A relação da cantora nigeriana radicada na Alemanha com o nosso país é tão forte que nos escolheu para apresentar mundialmente as músicas do novo disco. O concerto acontece dia 20 de Outubro no TMN ao Vivo (Lisboa) e o álbum está disponível aqui.
E que sobra para a sobremesa? A já habitual ementa da semana, pois claro. Do repasto fazem parte músicas de Mayer Hawthorne, Mariana Aydar (dedicada à cidade do Porto), Vetiver, Tribes, Patrick Wolf, Mazgani e Dead Combo (os dois últimos com passagem marcada para o Centro Cultural Olga Cadaval, integrados no cartaz do Sintra Misty). Ementa da semana disponível aqui.
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