"Não perdoaremos e não esqueceremos o que o regime faz aos nossos cidadãos. Exigimos uma Rússia livre!", proclamou Nadezhda Tolokonnikova, pouco antes de cantar com Maria Alyokhina diante de milhares de espectadores. "Agora a Rússia é livre!", afirmou.

Os Estados Unidos são a última etapa da digressão internacional de Alyokhina, de 25 anos, e Tolokonnikova, de 24, iniciado pouco depois de sua libertação em dezembro. As duas passaram 21 meses presas por terem cantado em fevereiro de 2012 uma "missa punk" contra Putin na catedral do Cristo Salvador de Moscovo.

O concerto em Nova Iorque, organizado pela Amnistia Internacional, reuniu várias figuras da música, entre estas Madonna, que diz ter sido ameaçada de morte após apoiar publicamente as Pussy Riot num concerto na capital russa em agosto de 2012. "É o momento de o resto do mundo ser tão corajoso como as Pussy Riot e enfrentar gente como Putin e outros líderes e outras organizações que não respeitam os direitos humanos e favorecem a discriminação e a injustiça", afirmou a rainha da pop ao apresentar as duas jovens cantoras.

Os jogos de Sochi, que começam oficialmente na sexta-feira, são os mais controversos e caros da história olímpica, além de serem alvo das críticas do Ocidente desde que a Rússia aprovou em junho do ano passado uma lei que pune com multas e prisão a propaganda da homossexualidade perante menores de idade.

@AFP