“Queremos que a próxima direção, agora já nomeada, tenha essa agilidade para conseguir apoios, outros públicos, e para mudar e articular o Coliseu de forma diferente, quer com a cidade, quer com os municípios”, observou o autarca, em declarações aos jornalistas à margem da apresentação do projeto para o futuro do Pavilhão Rosa Mota.

Moreira explicou que essa foi uma das conversas que teve no Conselho Metropolitano do Porto (CmP), destacando que os concelhos limítrofes do Porto “não têm salas desta natureza” e podem “utilizar o Coliseu, trazendo públicos”. “Mas isso será a missão da nova direção”, vincou.

Moreira destacou ainda a relevância de se ter conseguido “um mecenas”, considerado “importante até pelos públicos” que vai levar ao espaço de espetáculos portuense, mas admitiu a necessidade de encontrar “outros recursos” e demonstrou disponibilidade para tal.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai apoiar a associação Amigos do Coliseu com "100 mil euros", revelou na quarta-feira à Lusa o presidente da Comissão Executiva do (CmP).

Lino Ferreira deu a informação após ter anunciado que Eduardo Paz Barroso foi o nome escolhido hoje, por consenso, para assumir a presidência da direção dos Amigos do Coliseu do Porto, lugar que estava vazio desde a demissão de José António Barros no início do mês.

O anúncio ocorreu finda a assembleia-geral eletiva dos órgãos sociais da associação Amigos do Coliseu do Porto.

Lino Ferreira informou que o social-democrata Amorim Pereira é o novo presidente da Assembleia Geral, em substituição de Miguel Veiga, mantendo-se o deputado municipal socialista Gustavo Pimenta como presidente do Conselho Fiscal.

A direção dos Amigos do Coliseu, por outro lado, integrará ainda o vereador da Cultura da Câmara do Porto, Paulo Cunha e Silva, o diretor regional da Cultura do Norte, António Ponte, um representante do projeto cultural portuense Maus Hábitos e outro da Cooperativa Árvore.

Paz Barroso foi aprovado "por unanimidade" na assembleia-geral eletiva e substitui no cargo José António Barros que, após 18 anos, renunciou ao lugar no passado dia 3 de setembro.

O novo presidente da associação Amigos do Coliseu do Porto é professor universitário, doutorado em Ciências da Comunicação pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e foi o primeiro diretor do Teatro Nacional de São João, entre 1992 e 1995.

A decisão de renunciar ao cargo por parte de José António Barros prendeu-se com a falta de uma solução para o financiamento do Coliseu, que segundo o ex-presidente precisa de 200 mil euros anuais para funcionar.

"Nesta situação, o Coliseu ou tem algum apoio ou não sobrevive", tinha advertido José António Barros, à margem da Assembleia-geral anual de associados que decorreu em 06 de junho.

Os 100 mil euros que a Misericórdia de Lisboa garante durante um ano correspondem, assim, a metade das necessidades anuais da sala portuense.

@Lusa