Recorde-se que a cantora começou por retirar o seu mais recente álbum, “1989”, do serviço, tendo acabado por remover a sua discografia completa da plataforma, para desgosto dos responsáveis pelo Spotify, que imploraram o seu regresso num comunicado publicado no site.

Agora, em entrevista ao Yahoo, Swift justificou a sua decisão. “A música está a mudar tão rapidamente, e o cenário da indústria da música muda tão rapidamente, que tudo o que seja novo, como o Spotify, parece-me uma grande experiência. E não estou disposta a contribuir com o trabalho da minha vida para uma experiência que não sinto compensar justamente os compositores, os produtores, os artistas e os criadores de música. E não concordo com a perpetuação da perceção de que a música não tem valor e deva ser gratuita”, explicou.

“Tento manter-me de mente aberta sobre as coisas, porque eu acho que é importante ser parte do progresso. Mas acho que ainda está em debate se isto é, na verdade, um progresso, ou se está a levar a palavra ‘música’ para fora da indústria da música. Mais, muitas pessoas sugeriram-me que tentasse colocar nova música no Spotify, como a Shake It Off, e eu mostrei-me aberta a isso. Pensei: ‘Vou tentar; ver como me faz sentir’. Mas não me pareceu certo”, continuou.

“Senti-me como se estivesse a dizer aos meus fãs: ‘Se um dia criares música, se um dia criares uma pintura, alguém pode entrar num museu, tirá-la da parede, arrancar-lhe um canto, e passa a ser sua, sem terem que pagar por ela. Não gostei da perceção que me foi apresentada. E então decidi mudar a forma como estava a fazer as coisas”, concluiu.

Note-se que “1989” vendeu mais de 1,287 milhões de cópias nos Estados Unidos na sua primeira semana no mercado, tornando-se o álbum mais vendido em território norte-americano desde o lançamento, em 2002, de “The Eminem Show”, responsável pela comercialização de mais de 1,3 milhões de exemplares na primeira semana nas lojas.

“1989” já é, também, o álbum mais vendido de 2014 nos Estados Unidos e o segundo mais popular, a seguir à banda sonora de “Frozen”, editada em novembro do ano passado. É, igualmente, o 19º álbum a vender mais de um milhão de cópias na América desde 1991, ano em que o Nielsen SoundScan começou a controlar as vendas de música naquele país. Também “Red” e “Speak Now”, os seus antecessores, haviam conseguido semelhante feito.