A personagem Charlot, o vagabundo, surgiu pela primeira vez no filme “Kid auto races at Venice”, estreado em fevereiro de 1914.

A OSP será dirigida por Timothy Brock, maestro responsável pela recuperação das partituras originais de Charles Chaplin e “considerado o maior especialista em música para acompanhamento de obras do cinema mudo”, afirma em comunicado o TNSC.

“O trabalho de Timothy Brock em torno das partituras de Chaplin, que teve início em 1999 a pedido da London Chamber Orchestra e do Chaplin Estate, é internacionalmente reconhecido e tem sido, desde o princípio, acompanhado de perto pelos descendentes diretos do criador de Charlot”, lê-se no mesmo comunicado.

“O público terá assim uma raríssima oportunidade para vivenciar cinco dos principais filmes de Charlie Chaplin, tal como foram apresentados originalmente, com interpretação musical a cargo dos músicos da OSP”, realça o TNSC.

O ciclo abre na sexta-feira e, até dia 30, a OSP, dirigida por Timothy Brock, acompanha a projeção de filmes num “telão” instalado no palco do teatro lírico, relacionados com o ator nascido em Londres, em 1889.

Na sexta-feira, às 20:00, abre o ciclo com o filme “Carmen” (1915), de Cecil B. DeMille, protagonizado pela soprano Geraldine Farrar (1882-1967), com música de Hugo Riesenfeld e Samuel Ruthfel, exibição que será seguida de “Carmen Burlesque” (1916), de Charlie Chaplin, com música de George Bizet e Timothy Brook.

No próximo domingo, às 16:00, é exibido o filme mudo “The Circus”, esteeado em 1928, com argumento e realização de Charlie Chaplin e Joseph Plunkett, protagonizado por Charlot.

Na sexta-feira, dia 18, às 20:00 é exibido o filme “City Lights” (“Luzes da Cidade”, de 1931, de Charles Chaplin, com música do próprio e também de Arthur Johnston e Alfred Newman.

No dia 30, a encerrar o ciclo, são exibidos os filmes “Kid auto races at Venice”, de Henry Lehrman, com música de Timothy Brock, e “Modern Times” (“Tempos Modernos”), de 1936, de Chaplin, que também compôs a banda sonora, com arranjos de David Raksin e Edward Powell.

Em comunicado, Paolo Pinamonti, consultor artístico do TNSC, afirma que “Charles Chaplin tem um papel fundamental no cruzamento da arte dos sons e da arte das imagens em movimento, e se uma grande parte da história da música do século XX está ligada à música para o cinema, a figura de Chaplin é, neste sentido, uma figura incontornável desta fascinante história”.

@Lusa