Morreu Bob Newhart, cuja forma de fazer comédia o tornou uma das maiores estrelas da TV da sua época, anunciou o seu representante esta quinta-feira.

Tinha 94 anos e ficou célebre nos EUA por fazer humor de forma seca e inexpressiva.

Newhart faleceu na sua casa em Los Angeles após uma série de doenças de curta duração, explicou o seu assessor de longa data, Jerry Digney, em comunicado à imprensa norte-americana.

Nascido em 5 de setembro de 1929, num subúrbio de Illinois, Newhart estudou administração de empresas antes de ser convocado para o exército dos EUA e servir na Guerra da Coreia no início da década de 1950.

A seguir, estudou Direito por um breve período antes de pedir a demissão e conseguir trabalho como contabilista enquanto trabalhava como ator e argumentista de comédias.

Finalmente, assinou contrato com a editora Warner Bros. Records e "The Button-Down Mind of Bob Newhart" tornou-se o primeiro álbum de comédia da indústria musical a atingir o topo das vendas.

Isto rendeu-lhe os Grammys de Melhor Artista Revelação, Melhor Interpretação de Comédia e Melhor Álbum, ajudando a lançar a sua carreira na televisão.

Já como ator, foi o protagonista de duas comédias de longa duração, "The Bob Newhart Show" (1972-1978) e "Newhart" (1982-1990), e continuou a fazer participações especiais em séries já para lá dos 90 anos.

Newhart apareceu como convidado recorrente como o Professor Proton na série “A Teoria do Big Bang", ganhando um Emmy em 2013: à sétima nomeação, foi o primeiro prémio da carreira ao fim de cinco décadas (seria nomeado mais duas vezes pela série, em 2014 e 2016).

No cinema, o seu papel mais célebre foi como Papa Elf em "Elf - O Falso Duende" (2003), o pai adotivo da personagem de Will Ferrell e narrador do filme, que se tornou um clássico natalício.

Outros filmes importantes onde participou foram "Artigo 22" (1970), "O Vício das 'Beatas'" (1971) e "Dentro e Fora" (1997), além de ter sido a voz de Bernardo na versão original da animação da Disney "As Aventuras de Bernardo e Bianca" (1977).