
Quando “The Last of Us” — a série de sucesso sobre uma sociedade pós-apocalíptica devastada pela infeção em massa provocada por um fungo — chegou aos nossos ecrãs em 2023, o mundo real estava a emergir de uma pandemia.
É evidente que a sua oportuna premissa causou um impacto em cheio, já que a temporada de estreia da adaptação de videojogo atraiu um recorde de 32 milhões de espectadores nos EUA por episódio, de acordo com a HBO.
Agora, a segunda temporada com sete episódios, que se estreia a 14 de abril na Max e gira à volta de temas de conflito e vingança, será igualmente relevante e presciente, promete o protagonista Pedro Pascal.
Parte da força da série é a sua capacidade de "observar relacionamentos humanos debaixo da crise e dor, e inteligentemente criar alegoria política, alegoria social, e baseá-la no mundo em que vivemos", disse o ator, que interpreta Joel.
"Contar histórias é catártico de muitas formas... Acho que há um prazer muito saudável e às vezes doentio nesse tipo de catarse - num espaço seguro", disse numa recente conferência de imprensa.
Na primeira temporada, o contrabandista Joel é forçado a levar com ele a adolescente Ellie (Bella Ramsey) - aparentemente a única humana imune ao fungo mortal Cordyceps -, enquanto cruza os EUA em busca do seu irmão.
Conflitos

Embora os fãs dos videojogos originais saibam o que esperar da segunda temporada, a HBO está a tentar manter em segredo os detalhes da história sombria e brutal, que dá um salto de cinco anos.
Um trailer recente deixa claro que Joel e Ellie entraram em conflito um com o outro, e uma nova personagem Abby (Kaitlyn Dever) é um soldado numa vaga de assassinatos.
Num capricho da sorte, a estrela em ascensão Kaitlyn Dever ("Booksmart", "Dopesick") estava originalmente em negociações para interpretar Ellie quando uma adaptação cinematográfica de "The Last of Us" estava em desenvolvimento em meados da década de 2010.
Embora o projeto tenha colapsado, ela tornou-se fã dos jogos e disse que ser escolhida para ser Abby — uma personagem protagonista do videojogo "The Last of Us Part II" — para a série de TV anos mais tarde foi "surreal".
"Era fã do jogo. Foi um momento de união real para mim e o meu pai jogar juntos", refletiu.
"E ter isso de volta, o quê, mais de 10 anos depois?... Simplesmente parecia destinado. Abby parecia destinada."

Outras caras novas no elenco são Isabela Merced (Dina), Young Mazino (Jesse), Ariela Barer (Mel), Tati Gabrielle (Nora), Spencer Lord (Owen), Danny Ramirez (Manny) e Jeffrey Wright (Isaac), além da participação especial de Catherine O’Hara.
Já Gabriel Luna, que regressa como Tommy, o irmão de Joel, concordou com Pascal que "há um enorme elemento de catarse" em assistir à segunda temporada num momento em que, no mundo real, estão a acontecer conflitos e as alianças a fragmentar-se.

"Na primeira temporada, fizemos uma história sobre uma pandemia, temendo que talvez houvesse uma fadiga. Mas acho que a experiência que todos tinham acabado de ter lhes deu um ponto de entrada para o que estávamos a fazer", disse.
E continuou: "Acho que o segundo jogo... e a segunda temporada são sobre conflitos. Onde começam? E quem começou?"
"Neste momento, em todo o mundo, estamos a lidar com estes conflitos... As pessoas estão presas na roda da vingança. Pode ser partida? Será partida? E é onde estamos.", resumiu.
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