António Costa falava perante várias centenas de pessoas que participaram esta tarde nas comemorações do 48.º aniversário do 25 de Abril de 1974 nos jardins da residência oficial do primeiro-ministro e que terminaram com um concerto de Dino d’Santiago.

Num breve discurso, o líder do executivo começou por se referir aos progressos do país ao nível da situação sanitária após dois anos de combate à COVID-19.

“Já tínhamos saudades de podermos estar juntos a festejar o 25 de Abril. Nos últimos dois anos não foi possível. E no passado só foi possível através da RTP e por via 'streaming' com um concerto do Sérgio Godinho. Mas o 25 de Abril só faz sentido celebrar juntos - e é por isso muito bom estarmos aqui hoje com um dia de sol maravilhoso”, referiu.

A seguir, o primeiro-ministro defendeu que, desde que assumiu este cargo em novembro de 2015, tem procurado “manter a tradição de em cada 25 de Abril convidar um artista para ter uma nova obra de arte nos jardins da residência oficial”.

“É uma forma de homenagear a cultura, mas também porque celebrar a liberdade é um incentivo à criação cultural e à criatividade”, justificou.

Ao longo dos anos, segundo António Costa, o jardim do Palacete de São Bento “foi tendo várias peças de arte”, mas verificou-se que “havia uma ausência muito significativa, porque todas as obras eram assinadas no masculino e não havia artistas no feminino”.

“Começamos a corrigir primeiro com a Lourdes Castro e depois com a Fernanda Fragateiro. Hoje damos um novo passo com esta peça da Sara Bichão”, realçou.

A peça de Sara Bichão que estará nos jardins do Palacete de São Bento, de acordo com o primeiro-ministro, “tem uma dupla relevância”.

“É não só mais uma artista feminina, mas também uma artista nascida em 1986, já 12 anos depois do 25 de Abril”, assinalou.

António Costa observou depois que se celebra este ano um 25 de Abril “em que a liberdade já teve mais tempo de vida do que o tempo da ditadura”.

“Esta é uma mensagem dirigida às gerações que já nasceram livres e viverão livres toda a sua vida”, acrescentou.