A ASSESTA - Associação de Escritores do Alentejo e a Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCA) decidiram lançar uma nova edição do prémio literário, "depois do sucesso da primeira edição", em 2017.

Segundo o regulamento, hoje enviado à agência Lusa, podem candidatar-se à segunda edição do prémio autores portugueses e estrangeiros a residir em Portugal com mais de 18 anos.

Cada participante pode apresentar a concurso uma obra original de ficção na modalidade de romance, escrita em português, e serão "privilegiadas as temáticas diretamente relacionadas" com o Alentejo.

A decisão do júri será tomada até 31 dezembro deste ano e divulgada em janeiro de 2020, o autor da obra vencedora receberá um prémio monetário de 3.000 euros e a obra será publicada por uma editora.

O prémio monetário corresponde aos direitos de autor da primeira edição da obra e o júri poderá também atribuir, se entender, até duas menções honrosas a obras candidatas, mas os respetivos autores não terão direito a prémio monetário e só receberão diploma de menção honrosa.

O regulamento da segunda edição do Prémio Literário Joaquim Mestre está disponível para consulta nos sítios de Internet da ASSESTA, DRCA e da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas.

O prémio foi instituído pela ASSESTA em parceria com a DRCA para homenagear o escritor alentejano Joaquim Mestre, incentivar a criação literária na modalidade de romance, estimular o gosto pela leitura e pela escrita e promover, defender e valorizar a língua portuguesa e a identidade e a diversidade cultural da região Alentejo.

A DRCA patrocina o prémio monetário atribuído ao vencedor e financia a edição da obra vencedora e a Câmara de Beja apoia a iniciativa assegurando a verba para o pagamento do júri.

O vencedor da primeira edição do prémio literário, que decorreu em 2017, foi o autor E.S. Tagino, pseudónimo literário de António José da Costa Neves, com o romance "Um certo incerto Alentejo", que foi editado e, em dezembro de 2018, lançado em Portugal.

O escritor Joaquim Figueira Mestre, que nasceu na aldeia de Trindade, no concelho de Beja, em 1955, e morreu em Lisboa, em 2009, foi um dos grandes impulsionadores do novo conceito de biblioteca que surgiu em Beja no início da década de 90 do século XX.

Joaquim Figueira Mestre, licenciado em História e pós-graduado em Ciências Documentais, escreveu várias obras, como os romances "O Perfumista" e "A Imperfeição do Amor" e o livro de contos "Breviário das Almas" e foi diretor da Biblioteca Municipal e chefe da Divisão de Bibliotecas e Museus da Câmara de Beja.