O objetivo é "prestar a devida homenagem na cidade-luz" à diva do Fado, disse à Lusa José Antunes, produtor do espetáculo, que indicou que a sala está "praticamente esgotada" e que um espetáculo com o mesmo formato será apresentado em abril no sul de França.

"Esta ideia surgiu porque vivi 34 anos em França, de 1971 a 2005, e ando nesta vida de espetáculo desde 1989. Enquanto Amália era viva nunca consegui trabalhar com ela e lembrei-me de lhe prestar a devida homenagem na cidade-luz e na sala onde ela foi cantar ainda eu não era nascido", explicou José Antunes, diretor da Dyam Produções.

O produtor escolheu para diretor musical do projeto o músico Jorge Fernando, que acompanhou Amália e que "conhece melhor que ninguém o seu repertório", prometendo um espetáculo com "os grandes clássicos e alguns fados menos conhecidos".

"Escolhi o Jorge Fenando porque foi músico dela; a Simone de Oliveira porque foi convidada pela Amália para cantar na primeira parte dela no Olympia em 1957; o Custódio Castelo porque é um dos melhores guitarristas que nós temos; e a cantora israelita Orly Solomon que vai cantar uma canção que a Amália cantou, La vie en Rose", destacou José Antunes.

O concerto de homenagem vai acontecer três dias depois de se assinalarem 17 anos da morte de Amália, numa das salas que marcou o início da sua internacionalização em 1956, sublinhou o outro coprodutor do evento, Frankelim Amaral.

"A Amália foi a primeira artista portuguesa a subir ao Olympia que continua a ser e será sempre uma sala mítica para todos os artistas. Se queremos juntar a palavra gala a este espetáculo, era a sala ideal para fazer este evento", descreveu Frankelim Amaral, diretor de redação da revista bilingue publicada em França Portugal Mag que se associou ao projeto de homenagem.

Paris também conta com um passeio batizado com o nome da fadista portuguesa, a "Promenade Amalia Rodrigues" (sem acento), no 19º bairro, junto ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima, que foi inaugurado em 2010 por António Costa quando era presidente da câmara de Lisboa e pelo antigo autarca de Paris Bertrand Delanoë.