"No Place Like Home", que estará patente de 28 de fevereiro a 27 de maio de 2018, vai evocar o centenário da criação da "Fonte" de Marcel Duchamp, em 2017, abrindo o calendário de seis exposições, de acordo com a temporada, divulgada à Lusa pelo museu, em Lisboa.
A exposição examina a forma como os artistas do século passado incorporaram e transformaram objetos domésticos, do quotidiano, nas suas obras, de forma a subverter as funções e os seus significados quotidianos, tal como Duchamp fez com "Fonte", um banal urinol de porcelana branca.
Nesta exposição estão incluídas obras de artistas que vão de Marcel Duchamp, Man Ray, Claes Oldenburg e Andy Warhol, a Louise Bourgeois, Mona Hatoum, Yayoi Kusama e Alina Szapocznikow, que desencadeiam novos pensamentos e perspetivas sobre o familiar.
Em "Quel Amour!?", exposição que será apresentada de 3 de outubro de 2018 a 3 de fevereiro de 2019, são reunidos trabalhos de artistas que se inspiraram no amor.
Amor como fonte de inspiração, como motivação, matriz ou apenas alusão, será o tema denominador comum das obras integradas na exposição, resultado de uma seleção internacional de artistas de diferentes culturas e gerações.
Mostra em que, mesmo sendo um sentimento universal, o amor é percebido de forma diferente no Ocidente, no Oriente, no Extremo Oriente ou no Norte da África.
João Miguel Barros irá apresentar "Photo – Metragens", de 21 de fevereiro a 3 de junho de 2018, um conjunto de 'short stories', "construído a partir de insignificâncias que a vida nos revela", segundo a apresentação da temporada.
A exposição "faz parte de um roteiro pré-concebido, assumindo o propósito de mostrar pequenas estórias a partir do nada, do quase-nada, de coisa pouca, mas ciente de que cada uma delas contém um universo de complexidades".
De 22 de março a 16 de setembro de 2018, "Linha, Forma e Cor - Obras da Coleção Berardo", vai apresentar peças de arte não figurativas que dão prioridade à linha, forma e cor, elementos que podem ser considerados os principais blocos de construção da arte abstrata, desde o início do século XX.
Os artistas icónicos associados a estes componentes da abstração incluem Piet Mondrian, Kazimir Malevich, Vladimir Tatlin e Ellsworth Kelly, entre outros.
"Pieter Hugo - Between the Devil and the Blue Sea", de 27 de junho a 8 de outubro de 2018, abordará o que divide e une as pessoas de todas as raças e culturas.
O fotógrafo Pieter Hugo (1976, Joanesburgo), criado na África do Sul pós-colonial, onde testemunhou o fim oficial do 'apartheid', em 1994, interessa-se especialmente por captar com a sua câmara todas as dissonâncias sociais, não apenas no seu país natal, mas também em lugares como Ruanda, Nigéria, Gana e China.
O artista capta particularmente as subculturas societárias, e o fosso entre o ideal e a realidade, explorando todas estas questões nos seus retratos, nas cenas do quotidiano e nas paisagens.
Esta exposição apresenta uma visão abrangente das séries de fotografia com as quais obteve reconhecimento internacional.
"Purple", de John Akomfrah, estará no Museu Berardo de 7 de novembro de 2018 a 10 de março de 2019, fechando o ciclo desta nova temporada.
Trata-se de uma instalação em seis ecrãs sobre o Antropoceno, o período que se define pela significativa influência humana sobre a geologia e os ecossistemas da Terra.
Dando seguimento à instalação em três ecrãs ("Vertigo Sea"), realizada para a Bienal de Veneza de 2015, "Purple" é a segunda do trabalho de John Akomfrah sobre as implicações ao nível planetário das alterações climáticas.
Concebido como seis movimentos ou capítulos, inter-relacionados, "Purple" será coreografado como seis meditações sobre aquilo que a filósofa Jane Bennett denominou “as aventuras da matéria vibrante”.
Misturando cenas originais filmadas com imagens de arquivo recolhidas em localidades de todo o mundo, o artista funde temas provenientes da antiguidade com temas modernos.
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