"Apaixonei-me por Portugal na primeira vez que estive no país", disse à agência Lusa Steve Bootland, de 50 anos, consultor de música internacional.
O canadiano natural de Hamilton (Ontário) esteve a residir em Londres (Inglaterra) durante 23 anos, mas tudo mudou em 1986, após umas primeiras férias em Portugal.
"Muitos ingleses iam de férias para Espanha, mas os que viajavam para Portugal guardavam segredo pois queriam tranquilidade no paraíso. Era diferente de Espanha e não era apenas o clima e o vinho", contou Steve Bootland, durante uma viagem a Toronto.
Após esta primeira visita, em 2000, numa outra deslocação viu numa montra de um escritório do setor imobiliário várias referências a preços de casas.
Está há nove anos em Setúbal, Portugal, mudando-se na altura com a sua companheira e duas filhas após visitas constantes à região do Algarve e de Lisboa.
Inicialmente, durante dois anos, trabalhou no ramo da restauração e hotelaria, foi ainda diretor de operações numa cadeia de restaurantes e apercebeu-se da qualidade das bandas locais.
"Cheguei à conclusão que existiam bandas com muita qualidade em Portugal e tinha de as ajudar porque não havia promoção", disse Steve Bootland.
Para o consultor de música internacional "havia o produto, mas não era divulgado", o que o motivou na procura de novos valores da música.
"Deve haver uma promoção dos governos na vertente cultural. Portugal é um dos poucos países do mundo que não tem um departamento de exposição de musical", defendeu.
Segundo o Orçamento do Estado português para 2016, a Cultura tem uma previsão de despesa de 418,8 milhões de euros para 2016, o que representa um aumento de 16,8 por cento face a 2015.
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