O Cavern Club, o bar em Liverpool onde os Beatles tocaram antes de se tornarem mundialmente famosos, é uma das instituições culturais afetadas pela pandemia COVID-19 que beneficiou de um pacote financeiro de apoio do governo britânico, hoje anunciado.
A mítica sala de concertos recebeu 525 mil libras (581 mil euros) de uma primeira tranche no valor de 257 milhões de libras (284 milhões de euros) destinada a quase 1400 organizações artísticas e culturais.
A Orquestra Sinfónica de Londres ou o Finborough Theatre de Londres, uma sala com apenas 50 lugares, foram outras das instituições beneficiadas.
O dinheiro anunciado hoje é a primeira parcela de um Fundo de Recuperação de Cultura de 1,57 mil milhões de libras (1,74 mil milhões de euros) destinado a ajudar museus, galerias, teatros e salas de concertos, a grande maioria ainda fechada desde que o país entrou em confinamento, em março.
Alguns museus e teatros conseguiram reabrir com capacidade reduzida e prejuízo financeiro, mas as restrições do coronavírus tornam impossível a maioria dos espetáculos ao vivo e muitos trabalhadores ficaram de fora do regime de 'layoff', porque são profissionais independentes.
Julian Bird, executivo-chefe do U.K. Theatre, disse que o financiamento foi "calorosamente bem-vindo e ajudará a criar trabalho e a manter empregos”.
Mas algumas pessoas do mundo das artes expressaram indignação hoje com um anúncio sobre um programa do governo de requalificação profissional, mostrando uma jovem dançarina a atar as sapatilhas ao lado das palavras: “O próximo trabalho de Fatima pode ser na Internet (Só que ela ainda não sabe)"
O próprio ministro da Cultura, Oliver Dowden, admitiu que o anúncio, que faz parte de uma campanha que incentiva jovens de diversas origens a considerarem uma carreira em segurança informática, era “tosco” e que o governo quer salvar empregos no setor do espetáculo.
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