A 43.ª edição do evento, que teria lugar entre os dias 29 de abril e 10 de maio, realizar-se-á no próximo ano mantendo, mediante a disponibilidade dos artistas e companhias, a mesma programação, que será ainda reforçada, disse o diretor artístico, Gonçalo Amorim.
"Todos os artistas foram contactados e disponibilizaram-se a voltar para o ano, por isso, estamos confiantes que iremos ter em 2021 uma edição igual à deste ano, mas reforçada", afirmou.
Em 2021, o FITEI está então agendado de 28 de abril a 16 de maio, anunciou.
Gonçalo Amorim referiu-se ao festival como um "forte dinamizador do panorama cultural da cidade do Porto e de Portugal", salientando que as mensagens de apoio e carinho de artistas internacionais, que estariam nesta edição de 2020, e que se comprometeram a voltar para o ano são "mensagens positivas e de esperança".
O diretor artístico do FITEI agradeceu os apoios dos coprodutores e parceiros e referiu que, apesar deste cancelamento por força das circunstâncias atuais, a 1.ª edição do festival O Meu Primeiro FITEI, dedicado às escolas e famílias e agendado de 16 a 18 de outubro, se mantém.
Desejando votos de saúde e apelando às pessoas para ficarem em casa, o diretor artístico alertou que, no futuro, o setor da Cultura vai precisar de "muitos apoios".
"Ainda estamos num momento de forte abanão e choque, ainda não conseguimos contabilizar a perda material e imaterial, mas é mais do que certo que a cultura vai precisar de todo o apoio possível", frisou.
Os trabalhadores independentes, as cooperativas, as associações ou companhias vão "certamente" precisar de apoios depois de este "turbilhão passar", considerou.
A 43.ª edição do FITEI previa a realização de cerca de 20 espetáculos nacionais e internacionais, seis coproduções, uma delas internacional, concertos, performances, festas, oficinais, ‘masterclasses’, lançamentos de livros e residências artísticas.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus para 1.020, mais 235 do que na quinta-feira.
O número de mortos no país subiu para seis.
Dos casos confirmados, 894 estão a recuperar em casa e 126 estão internados, 26 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos.
O boletim divulgado pela DGS assinalava 7732 casos suspeitos até quinta-feira, dos quais 850 aguardavam resultado laboratorial.
Das pessoas infetadas em Portugal, cinco recuperaram.
De acordo com o boletim, há 9008 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.
Atualmente, há 24 cadeias de transmissão ativas em Portugal.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira, depois de a Assembleia da República ter aprovado na quarta-feira o decreto que lhe foi submetido pelo Presidente da República, com o objetivo de combater a pandemia de COVID-19, após a proposta ter recebido pareceres favoráveis do Conselho de Estado e do Governo.
O estado de emergência proposto pelo Presidente prolonga-se até às 23:59 de 2 de abril.
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