No ano passado, aquela estrutura temporária no distrito de Aveiro recebeu mais de 100.000 visitantes, mediante uma entrada paga que dava acesso a vários espetáculos, atividades lúdicas como slide e arvorismo, áreas temáticas associadas a figuras como o Pai Natal ou piratas, e experiências como um escorrega a imitar rampas de gelo, uma discoteca infantil, etc.

Agora a empresa municipal Feira Viva, que tem a cargo direção-geral do evento, informa que "o parque natalício não abrirá portas em 2020” pois “a evolução da pandemia da COVID-19 inviabiliza” a sua realização, que teria lugar durante o mês de dezembro.

Além dos milhares de visitantes que recebe em cada dia de funcionamento, o parque envolve também o trabalho diário de cerca de 200 pessoas, entre as quais atores, bailarinos e animadores.

Considerando as exigências de higienização a cumprir, o calendário de operações que tal implicaria e a expectável perda de visitantes devido a isolamento social, a organização conclui que "não estão reunidas as condições para a realização do evento" - que habitualmente se prolonga desde o início de dezembro até à primeira semana de janeiro, terminando nas vésperas do arranque do segundo período escolar.

"A situação de contingência anunciada recentemente pelo Governo a propósito da preparação do combate à pandemia para o outono e inverno, juntamente com a evolução dos números [de casos de infeção no país], levam a organização a tomar a difícil decisão de cancelar a edição de 2020", refere a Feira Viva.

Com essa medida de adiamento, os organizadores do parque natalício pretendem "proteger a saúde e as pessoas, nomeadamente as milhares de crianças que visitam o parque".

A empresa municipal diz que, "em 2021, Perlim estará de regresso com a magia ainda mais viva, com mais cor, com mais fantasia e com toda a alegria do mundo".

O novo coronavírus responsável pela presente pandemia de COVID-19 foi detetado na China em dezembro de 2019 e já matou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, infetando mais de 33,4 milhões.

Em Portugal, onde os primeiros casos confirmados se registaram a 2 de março, o último balanço da Direção-Geral da Saúde indicava 1.963 óbitos entre 74.717 infeções confirmadas.