"Tomamos o Dia dos Namorados não apenas como o dia dos que se apaixonam, que querem juntar-se e constituir família, mas de todo o amor e de todos os amores. Os amores fraternais, os amores de saudade", afirmou hoje à agência Lusa, o presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves.

O autarca socialista quer que "todos fiquem em casa, mas sem prescindirem de celebrar todos os amores". A serenata "à moda antiga" é gratuita, bastando que os interessados façam o pedido ao município, que já contratou sete músicos.

"Até hoje recebemos 10 pedidos de serenatas dedicadas a namoradas e namorados, mas também a avós e pais. Em Caminha, o dia 14 de fevereiro será o dia de um amor imenso, de toda a comunidade, um amor de todos os amores", afirmou Miguel Alves.

O autarca socialista encontrou no dia de São Valentim o "pretexto" para criar as propostas "Amor ao Domicílio", performances musicais com os artistas do concelho, e "Mimo Doce", através da oferta, em regime ‘take-away' de uma flor, um doce ou uma refeição.

"A moral das nossas gentes anda, de facto, muito em baixo. Tenho sentido isso. Estamos há quase um ano no combate a esta pandemia. Há cidadãos da nossa terra que estão em casa há meses, que vivem afastados da família, de um gesto de carinho, vivem longe dos que mais gostam. Tenho reparado que esse cansaço já não se consegue resolver só com os telefonemas da linha de apoio psicossocial, nem com as visitas da rede complementar de apoio que a Câmara Municipal tem no terreno", explicou.

"Achámos que era preciso fazer mais alguma coisa para, pelo menos durante um dia, combater a depressão que o isolamento trouxe", adiantou.

Para Miguel Alves, o Dia dos Namorados "é um bom pretexto para dar oportunidade às famílias de se juntarem, mesmo que de forma afastada, através da música e através de uma palavra de amor".

"Foi esse o mote para lançar este projeto que permite que as pessoas afastadas de quem gostam possam dedicar uma serenata e levar um pouco de amor ao domicílio. A esse objetivo juntámos outro, também fundamental, de apoiar a cultura através dos nossos músicos", sustentou.

O projeto junta sete músicos do concelho, número que pode aumentar, com a contratação de mais artistas, para responder aos pedidos de serenatas.

"As músicas podem ser pedidas até quinta-feira, porque são géneros muito diferentes e os músicos têm de as ensaiar e montar os circuitos e horários do ‘Amor ao Domicílio’. Vão ser criadas equipas constituídas por dois músicos para repartir pelo concelho, com todas as regras de segurança. É uma maneira de assinalar um momento de invernia climática, mas também psicológica, e podermos dar algum fundo de maneio aos músicos da nossa terra", especificou.

Além da serenata, o município decidiu juntar "o máximo de energia" em torno do dia.

"Se é verdade que já há um conjunto de restaurantes que já estão a fazer ‘take away', agora reforçamos o pedido para que as pessoas possamos ajudar ainda mais a restauração do concelho, e acrescentamos as flores, que não têm estado associadas a estas entregas ao domicílio, adiantou.

Miguel Alves vai "mobilizar a rede municipal de apoio complementar, que há meses faz a entrega de medicamentos e alimentos no concelho, para servir de estafetas às floristas".

"Não será por falta de capacidade de entrega. O que apelamos às pessoas é que não deixem de oferecer uma flor àqueles de quem gostam, porque a Câmara e as empresas encontrarão os meios para levar essas flores. É a mobilização da economia local. Vale por um dia, por um fim de semana, mas no dia-a-dia a luta que permanece é tremenda por parte dos nossos empresários, e Câmara está, como sempre esteve, ao lado da população para podermos superar esta pandemia mais rapidamente possível", observou.

Em Portugal, morreram 14.158 pessoas dos 765.414 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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