Da Chick é, de facto, aquela rapariga que viemos a descobrir em 2009 e que tem dado muito que falar nas pistas. Contudo, Teresa de Sousa, a nossa chick, é muito mais do que um ritmo dançante, e o seu primeiro álbum de originais, 'Chick to Chick', veio revelar o seu lado mais negro. Agora, antes da sua atuação no festival Eurosonic, na Holanda, o SAPO On The Hop foi saber quem é esta rapariga.
SAPO On The Hop: De onde surgiu o nome Da Chick?
Da Chick (DC): Fiz a minha primeira música e precisava de um nome para pôr no Myspace. Da Chick surgiu depois de “Death Proof” se tornar num dos meus filmes preferidos, com 'Chick Habbit' na banda sonora.
A tua carreira começou em 2009, mas como arrancou a ligação à música?
DC: Sempre gostei muito de ouvir música e sempre fui muito cativada pelo mundo MTV ou VH1 desde pequena. Para além disso, o meu pai tinha uma vasta coleção de CDs, onde se incluíam alguns nomes que ainda hoje me dizem muito, como Ray Charles, Frank Sinatra, Tina Turner e muitos outros até menos "jazzísticos". De certa forma, sempre me foi dado a ouvir boa música, desde pequena, e acho que isso me adocicou o ouvido.
'Chick to Chick' é o teu primeiro álbum de originais. O que representa a escolha deste título?
DC: Eu sempre tive dentro de mim um lado mais jazzy, e mais soul, que até então estava pouco presente nas minhas músicas. Decidi que queria trazer esse lado cá para fora e mostrar que Da Chick não é só música de dança, e que nem sempre aborda temas "contentes e alegres". Existe um lado mais negro dentro de mim e 'Chick to Chick' veio exatamente da vontade de querer ter uma conversa entre estas duas chicks, que são a mesma, mas com almas diferentes e que se complementam. 'Chick to Chick' é também uma referência a 'Cheek to Cheek', tema que marcou a minha vida.
O que te motivou para este primeiro álbum?
DC: Surgiu espontaneamente a vontade de querer contar uma história e de certa forma "guardar" esta minha fase num LP. Considero que todas estas músicas fazem parte de um estado de espírito vivido por mim, num dado momento da minha vida, onde me encontro confiante e satisfeita com o que estou a fazer. Este álbum veio quase marcar uma posição e dizer que estou aqui, isto é Da Chick e é isto que quero fazer. Para já (sorrisos)
Sabemos que o teu sonho é o americano. Consideras que nasceste para lá viver?
DC: O meu sonho é o mundo! Sou claramente inspirada pelo mundo americano, na maneira de falar e de me expressar, e confesso que gostava de lá passar uma valente temporada para aprender muita coisa. Mas eu nasci para viver em Lisboa e viajar muito por este mundo fora. Se for com a minha música, melhor ainda!
Vais estar no festival Eurosonic, na Holanda, esta quinta-feira. O que esperas desse concerto?
DC: Sinto-me incrivelmente motivada e não há sensação melhor. É bom saber que não sou a única pessoa a acreditar na minha música e que ela pode ter o seu lugar lá fora. Por isso agradeço à Antena 3 por me ter proporcionado a oportunidade de estar presente neste festival.
Espero ver pessoas interessadas em descobrir música nova e que queiram dançar. Muito! Porque é isso que eu vou lá fazer com os meus "boyz"! Meter toda a gente a dançar e a curtir!
Imagina-te a viver em Nova Iorque. Como e onde seria a tua casa?
DC: Num estúdio em Brooklyn.
Supondo que tudo seria transportável, o que levarias de Portugal se vivesses fora daqui?
DC: Todos os meus amigos e família que quisessem vir comigo. De resto, eram tudo coisas que me iam saber bem sentir saudades, como o nosso sol e as nossas praias.
A tua música contém mistura vários géneros, mas qual seria a tua opção se só pudesses escolher um deles para te representar?
DC: Diria soul, porque envolve todos os géneros que "represento".
Qual é para ti a mensagem mais importante de uma conversa de "chick to chick"?
DC: Don't touch my soul.
Sabemos que a tua música e parte do teu vocabulário é pensado em inglês, mas qual é aquela expressão portuguesa sem a qual não sabes viver?
DC: Saudade.
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