Estes incentivos financeiros, concedidos anualmente aos editores brasileiros, foram este ano antecipados para permitir que as obras apoiadas estejam disponíveis na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que decorrerá entre os dias 2 e 10 de julho, e na qual Portugal é o país convidado de honra, de acordo com informação disponível no site da DGLAB.

Ao todo, foram apoiadas 22 editoras, para a edição de 68 obras de autores de língua portuguesa, desde clássicos a contemporâneos.

António Vieira, Maria Gabriela Llansol, Antero de Quental, Camilo Castelo Branco, Fernando Pessoa, Florbela Espanca, Pêro Vaz de Caminha, João de Barros e Raul Brandão são os autores mais antigos na lista de obras editadas no Brasil.

Nuno Félix da Costa, António Cabrita, Maria João Cantinho, Nuno Júdice, Matilde Campilho, Norberto Moraes, Francisco José Viegas, Luís Carmelo, Pedro Chambel, Margarida Vale de Gato, Pedro Eiras, Rosa Maria Martelo, Maria do Rosário Pedreira, Mário Cláudio, Miguel Real, Fernando Rosas, Jerónimo Pizarro, Ricardo Araújo Pereira, Rui Tavares, Dulce Maria Cardoso e Luís Cardoso são alguns dos autores contemporâneos.

Entre os escritores oriundos de fora de Portugal, contam-se os angolanos Boaventura Cardoso, Maria Jorgete Teixeira, Luandino Vieira, Pepetela e Kalaf Epalanga, os moçambicanos Manuel Mutimucuio, Lilia Momplé e Lucílio Manjate, bem como a santomense Conceição Lima.

A Linha de Apoio à Edição no Brasil tem como objetivo comparticipar os custos de edição naquele país de obras de autores portugueses e de língua oficial portuguesa, à exceção de autores de nacionalidade brasileira, abrangendo ensaio, ficção, poesia e literatura infantojuvenil.

As obras consideradas elegíveis terão de ser inéditas no Brasil, sendo aceites obras já editadas, desde que a reedição seja aumentada. Nestes casos, o apoio financeiro contemplará apenas a parcela de texto inédita no Brasil.

Este apoio destina-se aos custos de produção, não contemplando o valor dos direitos de autor, e o montante financeiro a atribuir por projeto é definido pela DGLAB, correspondendo a uma percentagem que pode variar entre os 20% a 60% do custo total da produção.

O prazo de candidatura a esta linha de apoio anual termina habitualmente a 31 de março, mas este ano foi antecipado para 31 de janeiro, devido à realização da Bienal do Livro de São Paulo.