Dezenas de artistas de todo o mundo têm-se juntado à campanha #EleNão, contra Jair Bolsonaro, candidato da extrema direta à Presidência do Brasil. O favorito nas sondagens para a primeira volta das presidenciais do Brasil tem dominado manchetes pelos seus comentários sobre a comunidade LGBTQ, a economia, a corrupção e o papel dos governos.

Dua Lipa, Diplo, Nicole Scherzinger e Lauren Jauregui, das Fifth Harmony, foram alguns dos artistas que aderiram à campanha nas redes sociais. Dan Reynolds, vocalista dos Imagine Dragons, também se juntou ao movimento, usnado uma t-shirt com a hashtag no iHeart Festival.

"Isto não representa o Brasil que conheço e que adoro", escreveu o músico no Twitter.

Depois de alguma polémica, Anitta também se juntou à campanha contra Bolsonaro. "Quero aproveitar esta oportunidade para deixar claro de uma vez por todas que não apoio o candidato Bolsonaro", frisou.

Mais de 300 artistas, intelectuais, cientistas e empresários brasileiros assinaram ainda um manifesto contra o candidato de extrema-direita, Jair Bolsonaro, que lidera as intenções de voto das eleições presidenciais do Brasil marcadas para outubro.

Personalidades de renome mundial como os cantores Gilberto Gil, Caetano Veloso e Chico Buarque assinaram o documento contra o candidato do Partido Social Liberal (PSL), que foi classificado por eles como uma ameaça à "herança civilizacional" do Brasil.

"Mais do que uma eleição política, a candidatura de Jair Bolsonaro representa uma ameaça franca ao nosso património civilizacional primário. É necessário rejeitar a normalização e unir forças na defesa da liberdade, da tolerância e destino coletivo entre nós", diz o manifesto, chamado "Democracia sim", que foi publicado hoje nas redes sociais.

O manifesto adverte que "líderes fascistas, nazistas e vários regimes autocráticos" da história foram originalmente eleitos com a promessa de "resgatar a autoestima e a credibilidade da nação antes de subordiná-las aos mais variados desmandos autoritários"

O mesmo texto defende que a população brasileira deve saber que "em momento de crise, é preciso ter a clareza máxima da responsabilidade histórica das escolhas que fazemos".

Os signatários do manifesto afirmam ainda que vão defender a democracia em qualquer situação.

"Nós estávamos juntos na construção democrática do Brasil e precisamos saber como defendê-lo agora", diz o documento.

Bolsonaro, de 63 anos balizou a sua carreira política com posições polémicas como a defesa de atos de tortura e violações ocorridas no Brasil durante a ditadura militar, entre 1964 e 1985.

Veja alguns dos comentários dos artistas: