Este ano entraram 40 países em competição, mas à final chegam 25, dos quais 20 foram selecionados em duas semifinais, que decorreram na terça-feira e na quinta-feira, também em Turim.

A 66.ª edição do Festival Eurovisão da Canção, que se realiza anualmente na Europa desde 1956, incluía inicialmente 41 países, mas a União Europeia de Radiodifusão, que promove o concurso, anunciou em 25 de fevereiro, um dia após a invasão da Ucrânia, que a Rússia iria ficar de fora.

Na primeira semifinal passaram à final Portugal (“saudade, saudade”, MARO), Ucrânia (“Stefania”, Kalush Orchestra), Suíça (“Boys do cry”, Marius Bear), Arménia (“Snap”, Rosa Linn), Islândia (“Með hækkandi sól”, Systur), Lituânia (“Sentimentai”, Monika Liu), Noruega (“Give that wolf a banana”, Subwoolfer), Grécia (“Die together”, Amanda Georgiadi Tenfjord), Moldova (“Trenuletul", Zdob si Zdub & Advahov Brothers) e Países Baixos ("De Diepte", S10).

República Checa (“Ligths Off”, We Are Domi), Azerbaijão (“Fade to Black”, Nadir Rustamli), Polónia (“River”, Ochman), Estónia (“Hope”, Stefan), Austrália (“Not the same”, Sheldon Riley), Suécia (“Hold me closer”, Cornelia Jakobs), Roménia “Llámame”, WRS) e Sérvia (“In corpore sano”, Konstrakta) foram os escolhidos na segunda semifinal.

A estes 20 países juntam-se os chamados ‘Big Five’ (“Cinco Grandes” em português) – França (“Fullen”, Alvan & Ahez), Alemanha (“Rockstars”, Malik Harris), Itália (“Brividi”, Mahmood & Blanco), Espanha (“SloMo”, Chanel) e Reino Unido (“Space Man”, Sam Ryder).

A cerimónia da final arrancou com um vídeo gravado na histórica Piazza San Carlo, em Turim, que contou com a participação de mais de 500 músicos – vocalistas, baixistas, bateristas e guitarristas –, que tocaram "Give Peace A Chance", de John Lennon Já na arena, a festa começou com uma atuação especial de Laura Pausini, que apresentou um medley dos seus maiores sucessos.

Depois da atuação da cantora, seguiu-se o tradicional desfile dos finalistas do festival - a 'flag parade' -, onde foram apresentados todos os concorrentes que conseguiram um lugar na ronda do concurso anual.

Antes dos concorrentes subirem ao palco da arena de Turim, os apresentadores (os cantores Laura Pausini e MIKA e o apresentador de televisão italiano Alessandro) relembraram que, na final, p televoto de cada país vale 50% da pontuação total e os outros 50% ficam a cargo do jurados de cada país.

VEJA AS ATUAÇÕES:

1. República Checa (We Are Domi, 'Lights Off')

Na segunda semifinal, os We Are Domi, da República Checa, tiveram a missão de apagar as luzes. Já na final deste sábado, a banda inaugurou o palco do festival om "Lights Off".

2. Roménia (WRS, 'Llámame')

Os ritmos latinos e baleares de "Llámame" animaram o PalaOlimpic. Em palco, WRS esteve acompanhador por quatro bailarinos e o público cantou a uma só voz "hola, mi bebé-bé".

3. Portugal (MARO, 'Saudade, Saudade')

MARO, acompanhada por Diana Castro, Beatriz Fonseca, Beatriz Pessoa, Carolina Leite e Milhanas, com 'saudade, saudade', foram recebidas com uma grande ovação na arena de Turim. No centro da PalaOlimpic e rodeadas por um manto de fumo, as cantoras entregaram uma atuação repleta de emoção.

4. Finlândia (The Rasmus, 'Jezebel')

Este ano, a Finlândia foi representada pelos Rasmus, banda que em 2003 ficou conhecida com a canção "In the Shadows", e conquistou um lugar na final. Tal como na seminal, o grupo levou balões amarelos, brancos e pretos para o palco e o vocalista apresentou-se com uma capa amarela, que despiu na reta final da atuação.

5. Suíça (Marius Bear, 'Boys Do Cry')

Ano após ano, a Suíça continua a apostar em baladas clássicas. . Com “Boys do Cry”, Marius Bear aqueceu os corações do público que esgotou a arena da cidade italiana.

6. França (Alvan & Ahez, 'Fulenn')

Pela primeira vez na história do festival da Eurovisão, não há nenhuma canção em francês a concurso. Este ano, a França fez-se representar por Alvan & Ahez, que apresentaram o tema "Fulenn", cantado em bretão.

7. Noruega (Subwoolfer, 'Give That Wolf a Banana')

Com máscaras amarelas, os Subwoolfer fizeram o público dançar com "Give That Wolf a Banana", tema que tem conquistado os utilizadores do TikTok.

8. Arménia (Rosa Linn, 'Snap')

Sentada numa cama branca, Rosa Linn foi a oitava artista a pisar o palco do festival da Eurovisão. O cenário do palco foi preenchido por milhares de post-its brancos.

9. Itália (Mahmood & Blanco, 'Brivid')

Em 2019, Mahmood ficou perto de conquistar a vitória para a Itália no festival da Eurovisão. Este ano, o músico voltou ao concurso com o jovem Blanco. Em palco, os artistas apresentaram "Brivid" e, como seria de esperar, foi a canção mais entoada pelo público.

10. Espanha (Chanel, 'SloMo')

Chanel e os seus bailarinos agarram com toda a energia o público que encheu este sábado o PalaOlimpico. Com "SloMo", a cantora mostrou todos os seus dotes para a dança.

11. Países Baixos (S10, 'De Diepte')

Aos 28 anos, S10 estreou-se no festival da Eurovisão com a balada indie "De Diepte". A cantora apresentou-se sozinha no centro do palco.

12. Ucrânia (Kalush Orchestra, 'Stefania')

Os Kalush Orchestra conquistaram um dos maiores aplausos da noite. Com a habitual energia que os caracteriza, a banda ucraniana apresentou "Stefania", um tema que mistura rap e folk.

"Ajudem a Ucrânia, ajudem Mariupol, ajudem Azovstal e já", pediu o grupo no final da atuação.

13. Alemanha (Malik Harris, 'Rockstars')

Malik Harris trouxe todos os seus instrumentos para o palco do festival da Eurovisão, apesar de estarem todos desligados. O músico da Alemanha defendeu o tema "Rockstars".

"Quando o Ed Sheeran conhece o Eminem", brincou o The Guardian.

14. Lituânia (Monika Liu, 'Sentimentai')

Monika Liu,  com"Sentimentai", foi uma das grandes surpresas da primeira semifinal do festival da Eurovisão. Para a atuação, a delegação da Lituânia apostou num visual vintage.

15. Azerbaijão (Nadir Rustamli, 'Fade To Black')

Nadir Rustamli brilhou no "The Voice Azerbaijão" e com "Fade To Black" conquistou um lugar na final. Em palco, o cantor interpretou a balada sentada numa grande escadaria.

16. Bélgica (Jérémie Makiese, 'Miss You')

Do campo de futebol ao palco da arena PalaOlimpico, em Turim, Jérémie Makiese apresentou a balada "Miss You".

17. Grécia (Amanda Georgiadi Tenfjord, 'Die Together')

Amanda Tenfjord vive e faz carreira fora da Grécia, mas foi a escolhida para representar o país. Com referências ambientais, a cantora apresentou o tema “Die Together” rodeada por cadeiras vazias.

18. Islândia (Systur, 'Med Haekkandi Sól')

As Systur representaram a Islândia no palco do festival com o tema "Með hækkandi sól". As três irmãs – Sigga, Beta e Elín – e apresentaram o tema country "Med Haekkandi Sól", mas não cativaram o público presente na arena.

19. Moldova (Zdob si Zdub & Advahov Brothers, 'Trenuletul')

Festa, folclore e rock: uma mistura estranha, mas que animou a arena PalaOlimpico. Com "Trenuletul", a banda da Moldova fez o público dançar.

20. Suécia (Cornelia Jakobs, 'Hold Me Closer')

Cornelia Jakobs cantou "Hold Me Closer", um hino para os corações partidos, e apostou numa atuação intensa, com jogos de luz, fumo e planos de câmara criativos.

21. Austrália (Sheldon Riley, 'Not The Same')

Aos 23 anos, Sheldon Riley estreou-se no palco do festival da Eurovisão com "Not The Same". Tal como na segunda semifinal, o outift escolhido pelo artista australiano foi um dos mais comentados da noite.

22. Reino Unido (Sam Ryder, 'Space Man')

Estrela das redes sociais, Sam Ryder voou até Itália para mudar o rumo da história do Reino Unido na Eurovisão. Com o tema "Space Man", o cantor conquistou o público e mereceu elogios no Twitter.

23. Polónia (Ochman, 'River')

Para o Festival Eurovisão da Canção, Ochman decidiu combinar ópera e música pop. Para a atuação, o músico recorreu a efeitos de chuva.

24. Sérvia (Konstrakta, 'In Corpore Sano')

Enquanto lavava as mãos, Konstrakta, da Sérvia, apresentou o tema "In Corpore Sano", considerada uma das canções mais irreverentes da edição. Em palco, a artista esteve acompanhada por cinco figurantes.

25. Estónia (Stefan, 'Hope')

Com toque 'old-school Western', Stefan subiu com a sua guitarra ao palco da arena de Turim. Para a emissão televisiva, o músico apostou em efeitos em tons de sépia.

A representante portuguesa, MARO, venceu em março o Festival da Canção, com “Saudade, Saudade”. Maro atua no concurso acompanhada por um coro feminino, tal como o tinha feito na final do Festival da Canção, que integra Beatriz Fonseca, Beatriz Pessoa, Carolina Leite, Diana Castro e Milhanas.

MARO é o nome artístico de Mariana Secca, lisboeta, que cresceu num ambiente familiar marcado pela música, começou a estudar piano aos quatro anos, fez o conservatório e estudou na escola de Berklee, em Boston, nos Estados Unidos.

Em 2018 editou o primeiro álbum, homónimo.

Portugal participou no Festival Eurovisão da Canção pela primeira vez em 1964, tendo, entretanto, falhado cinco edições (em 1970, 2000, 2002, 2013 e 2016).

Entre 2004 e 2007, inclusive, e em 2011, 2012, 2014, 2015 e 2019, Portugal falhou a passagem à final.

Portugal venceu pela primeira e única vez o concurso em 2017, com o tema “Amar pelos dois”, interpretado por Salvador Sobral e composto por Luísa Sobral. Na sequência da vitória, Lisboa acolheu, no ano seguinte, a competição.

Em 2021, Portugal esteve no Festival Eurovisão da Canção com “Love is on my side”, composta por Tatanka e interpretada pelos The Black Mamba, que alcançou o 12.º lugar no concurso. Itália venceu o concurso no ano passado, com a canção “Zitti e buoni”, interpretada pelos Måneskin.

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