Seis anos depois do álbum "Lemonade", consagrado um clássico moderno, os fãs de 'Queen B' foram novamente recompensados com 16 canções no seu novo projeto, que revisita Donna Summer e os pais da música disco, Giorgio Moroder e James Brown.

"Fazer este álbum permitiu-me sonhar e escapar durante um período aterrorizante para o mundo. Permitiu sentir-me livre e aventureira numa altura em que quase nada se movia", escreveu Beyoncé, prestes a completar 41 anos, para os seus 270 milhões de seguidores no Instagram.

"Queria criar um lugar para me sentir segura, sem preconceitos, sem necessidade de perfecionismo nem ligações profundas. Um lugar para gritar, relaxar e sentir-me livre", acrescentou, antes de concluir: "Foi uma bela jornada de exploração".

De volta aos anos 1990, 1980 e 1970

A cantora já havia antecipado qual seria o rumo do álbum com o lançamento de "Break My Soul", relembrando a house dos anos 1990, como "Show Me Love", de Robin S. Um aceno à música eletrónica, mas também uma forma de homenagear os populares artistas e a comunidade queer negra, responsáveis por moldar o género musical em Chicago durante os anos de 1980.

Com temas dançantes, "Renaissance" conta com "CUFF IT" e "VIRGO'S GROOVE", literalmente um hino ao amor e ao sexo. O álbum termina com a esmagadora "SUMMER RENAISSANCE", relembrando o sucesso de Donna Summer em "I Feel Love".

O destaque da potência vocal de Beyoncé em "Renaissance" é inegável, mas o que a artista transmite é uma chamada urgente para as pistas de dança, com homenagens aos pioneiros do funk, soul, house e disco.

Músicas do novo álbum de Beyoncé divulgadas por fã antes do lançamento

Entre as colaborações do álbum constam figuras como Nile Rodgers, Skrillex, Grace Jones e o marido da cantora, o rapper e empresário Jay-Z.

Com o vazamento do álbum durante essa semana, os fãs multiplicaram o pedido de paciência e disciplina nas redes sociais.

"Nunca vi nada igual. Não posso agradecer o suficiente por tanto amor e proteção", disse a cantora na noite de quinta-feira no seu perfil do Twitter. A artista também anunciou que "Renaissance" é o primeiro ato de uma trilogia.

Um início mais convencional

Beyoncé costuma ser manchete quando lança um álbum. Mas, nesta ocasião, optou por um início clássico, com um single, algumas partilhas nas redes sociais e o ensaio para a Vogue britânica, posando num cavalo sob luzes rosa numa pista de dança.

Renascida e regressada: Beyoncé edita álbum

Desde "Lemonade", em 2016, o seu álbum de maior sucesso, a artista editou um disco ao vivo e um documentário sobre sua participação no festival Coachella, em 2018, intitulado "Homecoming".

A sua aclamada canção "Black Parade" surgiu na sequência das grandes manifestações desencadeadas pela morte do afro-americano George Floyd, assassinado por agentes policiais brancos em junho de 2020.

Esse tema permitiu que a antiga integrante do grupo Destiny's Child se tornasse a artista com mais estatuetas dos Grammys na história, triunfando em 28 categorias.

Assim como Jay-Z, que conta com o recorde de 83 nomeações aos Grammys, Beyoncé foi constantemente ignorada pelas principais categorias, analisado por muitos como um sintoma da falta de diversidade nos prémios.

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