Patente no Centro Cultural de Cascais entre 28 de setembro e 20 de janeiro de 2019, a exposição “Norman Parkinson: Sempre na Moda” faz uma retrospetiva pela obra do fotógrafo britânico de moda, e Cascais é a primeira cidade que a acolhe.

Estarão expostas 80 fotografias que, de acordo com o município de Cascais, vão permitir “conhecer diferentes fases da produção do artista”, já que as fotografias “refletem a transformação da moda feminina”.

Na apresentação, hoje, do programa de atividades artísticas e culturais do município, na Casa das Histórias da Paula Rego, Salvato Teles de Menezes, presidente da Fundação D. Luís I, destacava as exposições de fotografia, pintura, cerâmica e ainda o lançamento de álbuns de música com obras inéditas, a acontecer em Cascais, até ao final do ano.

Apontado como um período em que a pintora Paula Rego criava uma linguagem visual “radicalmente nova”, a década de 80, aquela em que a notoriedade internacional da artista se afirma, é o tema da exposição que estará na Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, de 13 de dezembro a 26 de maio de 2019.

Na música, destaca-se o lançamento da fotobiografia de Fernando Lopes-Graça, disponível no ‘site’ da Fundação Dom Luís I, realizada pelos investigadores Manuel Diniz Silva e António Corvelo de Sousa.

Segundo os autores, em declarações à agência Lusa, à margem da apresentação da programação cultural, a fotobiografia de Lopes-Graça “não se limita a apresentar documentos”. “Há aqui um espírito de montagem de fotos, textos, manuscritos, documentos que nunca tinham sido revelados e exigem novas leituras, essa ideia de apresentar o material de forma aberta, faz com que não haja uma narrativa linear, mas que seja o leitor a elaborar a sua própria narrativa consoante sejam também os seus interesses”, afirmou o musicólogo Mário Vieira de Carvalho, consultor científico da obra.

A obra musical de Lopes-Graça deu também origem à edição de um CD, pela Naxos, com peças inéditas do compositor, que inclui quatro cantos do Natal, três poemas de Adolfo Casais Monteiro, dez canções populares húngaras, dois romances de Armindo Rodrigues, nove canções populares russas e quatro novos cantos do Natal.

O Teatro Gil Vicente, em Cascais (13 e 14 de outubro) e o Auditório do Casino Estoril (27 e 28 de abril) vão receber a ópera “Dido e Eneias”, do compositor barroco inglês Henry Purcell, numa montagem pela Nova Ópera de Lisboa, em parceria com a Fundação D. Luís I.

Também no Casino Estoril, no Foyer do Salão Preto e Prata, realizar-se-á a terceira edição das “Schubertíadas”, no início de fevereiro de 2019, pelos membros do Moscow Piano Quartet (MPQ).

Ainda em outubro deste ano, nos dias 16 a 21, vai decorrer a quinta edição da Semana de Cultura Russa, em vários locais do concelho, com destaque para a apresentação da revista “Arte Russa”, cujo último número é integralmente dedicado a Portugal.

No cinema, Stanley Kubrick e Federico Fellini serão homenageados, assinalando o 90.º aniversário do nascimento do cineasta norte-americano, e os 25 anos da morte do realizador italiano, com a exibição de “Um Roubo no Hipódromo"/"The Killing” (1956) e “Horizontes de Glória"/"Paths of Glory” (1957) de Kubrick, e “Roma” (1972) e “Amarcord” (1973), de Fellini, no Cinema da Vila, em Cascais, e no Atlântida Cine, em Carcavelos, a 10 e 11 de novembro.

No programa de âmbito cultural de Cascais, destaca-se ainda a doação dos espólios de Mário Vieira de Carvalho e do mestre da gravura, o artista plástico Bartolomeu Cid dos Santos, à Fundação D. Luís I, ficando o segundo exposto na Casa Reynaldo dos Santos, na Parede, Cascais.

O Forte de Santo António da Barra, no Estoril, que abriu ao público em abril, depois de trabalhos de limpeza e reabilitação, vai ser a casa da “Rota do Mar e da Língua Portuguesa”.

De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras (PSD), o Forte será o símbolo de dois patrimónios portugueses: “A língua e o mar”.

“Portugal não pode desperdiçar dois patrimónios como a língua e o mar, vamos apresentar um projeto, ao Governo, para o Forte. Até ao final de 2018 pretendemos o desenvolvimento destes dois patrimónios”, afirmou Carlos Carreiras em declarações à Lusa.