Três associações de fãs franceses de Michael Jackson vão levar na próxima quinta-feira, dia 4 de julho, a tribunal as testemunhas do documentário "Leaving Neverland", da HBO. Os seguidores do artista acusam os protagonistas de atacar "a memória de um homem morto".

No documentário, exibido pela HBO, Wade Robson e James Safechuck confessam ter sido vítimas de agressões sexuais pelo artista quando eram menores de idade, na mansão perto de Los Angeles.

As acusações foram negadas pelo próprio cantor em vida. Michael Jackson nunca foi condenado pelos alegados crimes.

Uma década após a morte da estrela da pop, as acusações de pedofilia levaram várias estações de rádio, no Canadá, na Austrália ou na Nova Zelândia, a não tocar as canções de Michael Jackson.

Emmanuel Ludot, o advogado dos fãs franceses, estima que os dois homens "são responsáveis por um dano grave e caracterizado contra a memória de um homem morto", segundo a citação judicial consultado pela AFP.

"O ídolo é acusado de atos de pedofilia e de ter organizado um casamento com uma criança", continua o texto, que menciona "acusações gravíssimas" e uma violação da presunção de inocência.

"A imagem do falecido está danificada, assim como a de toda a comunidade de fãs de Michael Jackson", frisa Ludot.

As três associações, Michael Jackson Community, MJ Street e On the line, reivindicam, cada uma, um euro simbólico perante o tribunal da cidade de Orleans, no centro do país, onde as associações se baseiam. A audiência está marcada para quinta-feira.