A Feira do Livro de Lisboa, que decorreu entre 25 de agosto e 11 de setembro, “foi um enorme sucesso e os números falam por si”, afirmou em comunicado o presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), Pedro Sobral, que faz um “balanço muito positivo”, tanto em relação ao número de visitantes, como ao nível de vendas, que tiveram “uma subida generalizada”, face à última edição.

A edição deste ano contou também com a maior oferta literária de sempre, com um total de 961 chancelas presentes.

Mas o que marca mais a edição deste ano é a “forte presença dos jovens e de visitantes que foram ao evento pela primeira vez”, uma “agradável surpresa pela sua adesão substancial e consistente”, destacam os organizadores.

Segundo o estudo do IPSOS, realizado durante o evento, registou-se um aumento considerável do número de jovens dos 18 aos 24 anos, totalizando já 37% dos visitantes.

Relativamente aos estreantes, 22% dos visitantes nunca tinham ido ao evento. O estudo revelou também que 45% dos inquiridos não estiveram na edição anterior.

Sábado e domingo foram os dias com maior fluxo, batendo recordes de visitantes, embora os dias de semana tenham tido também muita procura, sobretudo na Hora H, período de “enorme afluência” devido aos descontos que propõe.

Esta foi também a maior edição de sempre em termos de programação cultural, com um total de 2.300 eventos pensados para todas as idades, superando assim os 2.100 eventos de 2019, que tinha sido a feira com maior diversidade cultural, segundo Pedro Sobral.

Pelo espaço do Parque Eduardo VII, ao longo de 18 dias, passaram cinema, concertos, sessões de autógrafos, ‘workshops’, debates, lançamentos de livros, jogos com crianças e ‘showcooking’, entre outras iniciativas.

A organização avança ainda que o digital também desempenhou “um papel muito relevante na distribuição de conteúdo e cobertura do evento”, com 2,7 milhões de visualizações na página da Feira do Livro, e 1,7 milhões nas redes digitais (Facebook, Instagram e Twitter), durante os dias do certame.

Este ano, a Ucrânia foi o país convidado de honra, tendo contado com um pavilhão com programação e oferta literária personalizada, que incluiu documentários e livros em ucraniano, e ilustrações que uma jovem refugiada ucraniana de 14 anos, Veronika Malchenko, dedicou ao seu país.

No âmbito da campanha “Doe os seus Livros”, uma parceria da APEL com o Banco de Bens Doados (BBD), entre livros em boas condições, a ser entregues a instituições de solidariedade, e outros não tão novos, que serão encaminhados para a iniciativa “Papel por Alimentos”, foram doados 65.200 livros.

Desde o arranque desta campanha, criada em 2015, já foram angariados mais de 150 mil livros. Só em 2021, foram doados cerca de 90 mil.

No ano passado, a Feira do Livro de Lisboa recebeu 350 mil pessoas, numa edição ainda com constrangimentos devido à pandemia, tendo uma lotação máxima imposta de 5.500 pessoas.

Segundo a APEL, a comparação com anos anteriores não é possível, porque a contagem só começou a ser feita na edição de 2020, por causa da covid-19, mas numa “quantificação qualitativa” é possível estimar que em 2018 e 2019 passaram entre 400 mil e 500 mil pessoas pelo certame.

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