Em seis noites do primeiro trimestre, o festival propõe duplos concertos que juntam bandas de quadrantes estéticos diversos, num desafio que a organização lança ao público: descobrir outras músicas.

"Continuamos a 'provocar positivamente' o público que acaba, na esmagadora maioria, de gostar de bandas conotadas com determinados géneros que 'a priori' não era suposto gostar", explica Carlos Matos, da Fade In, que organiza o Clap Your Hands Say Fest com a Omnichord Records e a Rastilho Records.

Segundo o organizador, após três edições neste formato, assiste-se a uma "transformação nos públicos locais":

"Isso agrada-nos sobremaneira, pois somos apologistas de que um público eclético é um público suscetível de ser mais instruído e conhecedor", frisa Carlos Matos, admitindo que, para a organização, o festival tem sido uma "aventura", porque obriga quem programa a estar atento a "alguma da melhor música que se vai fazendo na nossa região e país".

Para a quarta edição do Clap Your Hands Say Fest, o número de bandas desceu de 18 para 14 para "ajustar o orçamento e garantir o nível de qualidade dos intervenientes".

Dessa forma, foi possível construir um carta com "excelentes propostas":

"Não podemos ignorar que uma edição que tem em cartaz nomes como Paus, Fuzzil, Marvel Lima, Ivy, Twin Transistors ou Fado Bicha, só para citar alguns, tem tudo para que ninguém queira faltar!".

A par destas, estão também alguns novos valores de Leiria, "escolhas naturais porque se foram evidenciando por mérito próprio nos últimos tempos".

O festival tem este sábado uma noite de lançamento, com atuações dos Ivy e Dead Club na discoteca Stereogun, em Leiria.

Os restantes concertos são no Teatro Miguel Franco com o seguinte alinhamento: Fuzzil e Marvel Lima (17 de janeiro), Fado Bicha e Labaq (31 de janeiro), Paus e Koyaanisqatsi (14 de fevereiro), Twin Transistors e Churky (28 de fevereiro), Cabrita e Lord of Transition (06 de março) e Ayamonte Cidade Rodrigo e From Atomic (20 de março).