Eram 23:20h do terceiro e último dia do Super Bock Super Rock. Depois de um MEO Arena praticamente cheio em Crystal Fighters, as expectativas encontravam-se altíssimas para quem lhes sucederia. Desta vez, tocou a FFS - Franz Ferdinand & Sparks. Uniram-se duas bandas: os escoceses e os americanos, pela ordem anteriormente anunciada. O resultado não foi tão bom assim.
Talvez fosse culpa de um público mal habituado, talvez dos anos na estrada do grupo que no palco se encontrava. Motivos haveria muitos, mas o que é certo é que a plateia e banda não se tinham encontrado e já o concerto decorria há algum tempo - Johnny Delusional e The Man Without a Tan não fizeram mossa no público, que, aparentemente, se recusava a entrar no espírito do concerto.
Porém, como que um hino de salvação vindo do nada (quase como um presságio para o que aconteceria em Florence & The Machine, dali a uma hora e pouco), ouviram-se os primeiros acordes da tão acarinhada "Do You Want To", de You Could Have It So Much Better (álbum de Franz Ferdinand, 2005), o que levou a uma explosão dentro do antigo Pavilhão Atlântico.
Com as filas da frente do seu lado e proeminentemente mais ativas, FFS puderam levar a sua avante e prosseguir com um espectáculo que se revelava agradável, contrariando o que nos mostravam os primeiros indícios. Sparks puderam também revelar o seu génio "individual" e saíram da sombra dos gigantes escoceses, quando ambas as bandas tocaram "Achoo" (do álbum Propaganda, 1974).
Com desfiles pela nave, com músicas de um e outro lado - Take Me Out (Franz Ferdinand) e This Town Ain't Big Enough For Both of Us (Sparks) foram ouvidas e aclamadas pelos fãs -, o concerto fez-se.
A junção dos dois grupos despediu-se com Piss Off, última música do álbum homónimo da banda. Na verdade, não deixaram propriamente ninguém a chorar por mais. FFS foram bons para acalmar os ânimos antes da festa celestial que aí viria. Mas isso fica para outras núpcias (leia-se outro artigo).
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