“É um disco que está a soar muito diferente, daí talvez ainda não ter percebido muito bem qual é a cor que vai ter no fim”, disse Filho da Mãe (Rui Carvalho) em declarações à Lusa, a partir do Funchal, onde passará uma semana em residência.

Desde o primeiro disco, editado em 2011, que o músico tem “gravado sempre em residências, ou algo parecido”.

O álbum de estreia, “Palácio”, foi gravado “em casa de um amigo, Makoto Yagyu (dos Riding Pânico e PAUS), que acabou por produzir o disco, cheio de amigos à volta e festas, a lidar com aquilo que ia acontecendo”.

O segundo, “Cabeça” (2013), foi gravado em Montemor-o-Novo, o terceiro, “Mergulho” (2016), no Mosteiro de Santo André de Rendufe, em Amares.

“Tenho uma ideia do que quero no disco e depois acabo por compor num sítio e o sítio acaba, de alguma maneira, por influenciar”, contou.

Mas ao quarto disco “o processo foi um bocado diferente”, porque esteve primeiro a gravar num estúdio, o HAUS em Lisboa.

“Acabei por não sair de lá com o disco, ainda com algumas ideias indefinidas para voltar, e de repente apresenta-se esta ideia da Madeira. Eu acabo quase por estar a fazer uma produção de um disco profissional e vir gravar para uma casa na Madeira, onde seria lógico fazer a pré-produção”, referiu.

A “casa oitocentista” onde Filho da Mãe está em residência “tem uns espaços interessantes acústicos para gravar”, mas “com as chuvas e os ventos” [a Madeira tem estado estes dias a enfrentar condições meteorológicas adversas] tem havido “dificuldades em encontrar espaços diferentes, por enquanto”.

“Encontrámos um sítio fabuloso no topo de umas escadas e estamos a começar a gravar o disco aí”, partilhou, explicando que as músicas já foram gravadas no estúdio, onde compôs também algumas coisas. “O resultado ainda não sei exatamente qual é”, contou.

Com a meteorologia a envolver-se no processo, “está a acontecer tudo e as coisas estão a ser decididas um pouco em cima da hora, é mais ‘punk-rock’, o tipo de organização, não o disco em si”.

“Embora seja tocado à ‘punk-rock’ - é a minha maneira de tocar porque não tenho formação clássica -, as coisas são bastante clássicas de um certo ponto de vista”, referiu.

O álbum, ainda sem título, será apresentado ao vivo a 8 de maio em Lisboa e a 9 de maio no Porto, em locais a anunciar. E o músico garante que o disco “é editado antes, mas ainda não está definida data”.

Antes de regressar ao continente, Filho da Mãe atua no Barreirinha Bar Café, no Funchal, no sábado.

Foto: Rita Sousa Vieira/SAPO On The Hop

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