Serão apresentados trabalhos de Andrei Bessa, Bruno Levorin, Francisco Thiago, Katarina Lanier, Leonor Lopes, Leonor Mendes, Nazario Díaz, Nicole Gomes, Roberto Dagô e Ves Liberta, numa edição que teve também a colaboração de Márcia Lança, Carolina Campos e Daniel Pizamiglio, segundo a organização.

No âmbito deste programa - o PACAP 5 – foi primeiro apresentado, no final de 2021, o espetáculo “R|ExistÊncia”, e agora, no mês de julho, em várias salas do Teatro do Bairro Alto (TBA), responsável pela coprodução, é a vez dos projetos individuais desenvolvidos no terceiro bloco desta formação, com foco na investigação de cada participante.

Entre 15 e 17 de julho, estarão em palco, em várias salas do TBA, Nicole Gomes, com "Cinza", uma peça de dança que incide sobre o tempo e a morte, o novo, e o velho, o fim e o início, e também se apresentará Leonor Lopes com "Fearfanfic", um romance entre o medo e a vontade, segundo a programação.

Katarina Lanier apresentará "Call Me Three Times", uma peça que "navega por entre fragmentos de estados oníricos e realidades de desejo, numa exploração das fantasias possíveis e dos seus limites".

"Até amanhã", de Lenor Mendes, é o resultado de "uma recolha extensa, minuciosa e exaustiva de registos da vida de alguém", a "brincar com coisas sérias", criada em colaboração com Maria Emília Lopes Triguinho e o apoio de Vicente Antunes Ramos.

Nazario Díaz apresentará "Amanecer. Alto. Cielo.", uma coreografia focada no desaparecimento de objetos e pessoas, num trabalho de reflexão sobre a materialidade da palavra, e como diferentes qualidades de visão modificam os corpos e a perceção deles. Esta peça tem cocriação e performance Ibon Salvador, Julian Pacomio e Nazario Díaz.

De 22 a 24 julho, será a vez de outros jovens criadores apresentarem os seus trabalhos no TBA, no âmbito deste programa, como Bruno Levorin, em "Olhar para os olhos de quem anda", dedicada ao trajeto e à viagem, numa cocriação com Lucas Damiani, Leonor Mendes, Nazario Díaz, performance de Lucas Damiani, Leonor Mendes e Nazario Díaz, e dramaturgia de Bruno Levorin e Ignacio de Antonio.

Roberto Dagô apresentará "Tempestade em corpo d'água", criada para falar no mar e nos mergulhos "dentro do corpo", enquanto Francisco Thiago Cavalcanti levará ao palco "Também se matam cavalos", uma peça sobre o exercício da liberdade.

"O olhar de um cavalo é a coisa mais bela e triste que existe no mundo. Como materializar isso em uma dança. Não o olhar do cavalo, mas a sensação do olhar, o que provoca em mim. É um amor profundo", escreve o autor na sinopse da peça, resultado de uma cocriação com Bárbara Cordeiro, Francisca Pinto e Piero Ramella, em colaboração com Isabela Peixoto, Carolina Sá, Clara Kutner, Lander Patrick e Lisa Nelson.

Andrei Bessa levará ao TBA, no mesmo fim de semana, o "Projeto Urso-Unicórnio", um ser híbrido e multifacetado, que é o corpo escolhido pelo autor para viver na comunidade queer, "e com ele encontrar uma alternativa à tribo gay (autodenominada) de ursos, que exalta masculinidade normativa", descreve.

"Enquanto me lago" é a criação e performance de Ves Liberta, sobre encontros e desencontros, com colaboração de Leonor Lopes, Josefa Pereira e Odete.