De acordo com a nova temporada, enviada à agência Lusa, a CNB, que hoje abre o Festival ao Largo, em Lisboa, irá revisitar obras clássicas e contemporâneas, de setembro deste ano a julho de 2023.

A temporada será marcada por apresentações em Lisboa, Porto, Almada, Paris e Bayonne, em França, e a estreia em absoluto de uma nova criação do coreógrafo português e diretor artístico da Compagnie Illicite Bayonne, Fábio Lopez.

A abertura está marcada para os dias 24 e 25 de setembro, inserida nas comemorações do centenário do escritor José Saramago, com a peça coreográfica de Olga Roriz "Deste Mundo e do Outro", numa parceria entre o Organismo de Produção Artística (Opart) e a Fundação José Saramago, numa homenagem ao escritor e à sua herança literária e "visão da humanidade".

Depois da estreia no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, a companhia desloca-se ao Porto, onde apresentará esta mesma coreografia de Olga Roriz, no Teatro Municipal do Porto – Rivoli, nos dias 12, 13 e 14 de janeiro de 2023.

De 27 a 30 de outubro, a CNB viaja até Paris, no âmbito da Temporada Cruzada Portugal–França 2022, para apresentar, no Le Cenquatre, um programa com duas obras contemporâneas do seu repertório: “S”, de Tânia Carvalho, estreada pela companhia e dançada pela última vez em 2018, e “Corpos de Baile”, de Marco da Silva Ferreira, estreada pela CNB em 2020.

Em dezembro, de 3 a 23, a companhia regressa ao palco do Teatro Nacional de São Carlos e homenageia o mestre de bailado Jorge Garcia (1935-2021), com a remontagem do bailado clássico “Giselle”.

Revisitado por aquele coreógrafo, e com música de Adolphe Adam (1803-1856), o bailado contará com interpretação musical ao vivo pela Orquestra Sinfónica Portuguesa. “Giselle” será igualmente apresentado nos dias 29 e 30, em Almada, no Teatro Municipal Joaquim Benite, para apresentar o mesmo bailado.

Já em 2023, em março, a companhia regressa ao Teatro Camões, em Lisboa, para apresentar, do dia 3 ao dia 19, o programa com os coreógrafos Keersmaeker/ Lopez/ Ekamn, “Triple Bill”, que reúne as obras “Grosse Fuge”, da criadora belga Anne Teresa de Keersmaeker, “Avant Q’il N’y Ait Le Silence”, nova criação de Fábio Lopez para a CNB em estreia absoluta, e “Cacti”, de Alexander Ekman, nome da dança internacional que chegará pela primeira vez à CNB.

No dia 23 de março, a companhia viaja até Bayonne, França, para apresentar a nova criação de Fábio Lopez no Théâtre Michel Portal de Bayonne – Scène Nationale du Sud Aquitain.

Em abril, no Dia Mundial da Dança, esta arte será celebrada com a “Noite Stravinski”, um programa que reúne três coreografias desenhadas sobre a música de Igor Stravinski (1882-1971): “Intermezzo” e “As Bodas”, pelo italiano Mauro Bigonzetti, e a icónica “Sagração da Primavera”, de Vaslav Nikinski (1889-1950).

Já em junho, a companhia vai apresentar-se em Lisboa, no Teatro Camões, em Almada, no Teatro Municipal Joaquim Benite, e no Porto, no Coliseu do Porto Ageas, com o programa “Symphony of sorrows/ Cantata”, com as coreografias de Miguel Ramalho e Mauro Bigonzetti, respetivamente, sobre música de Henryk Górecki (1933-2010).

Em paralelo, a CNB irá apresentar, ao longo da temporada, 'ateliers' para crianças e famílias, aulas públicas e ensaios abertos, iniciativas do Programa de Aproximação à Dança, bem como o Ensaio Geral Solidário.

As iniciativas do Programa de Aproximação à Dança da CNB “permitem ao público testemunhar os processos de trabalho do corpo artístico da companhia, e a dinâmica de criação, entre criadores, ensaiadores e intérpretes”, recorda o texto da temporada.

O Ensaio Geral Solidário procura, desde 2011, promover a angariação de fundos que ajudem instituições de solidariedade social a atingir os seus objetivos e a apoiar as suas comunidades, através de donativos do público, mediante convites para o ensaio geral.