Drake tinha sido nomeado em duas categorias de rap para os prémios de janeiro, mas o seu álbum "Certified Lover Boy" não aparece nas categorias gerais.
Os motivos do pedido não foram divulgados pelos representantes de Drake. Uma fonte próxima do artista disse que ele e o seu empresário tomaram a decisão, que foi aceite pelos organizadores dos Grammy Awards.
A informação foi confirmada à AFP por uma fonte da Academia esta semana. As nomeações de Drake foram retiradas do site dos Grammy Awards no início da última fase de votação.
Drake, um dos músicos mais influentes do mundo, já ganhou quatro Grammys, mas também já teve desentendimentos com a Academia.
Numa entrevista de 2017, acusou os organizadores do prémio de o classificarem como rapper porque ele é negro. "A única categoria em que me encaixam é o rap, talvez porque já fiz rap no passado ou porque sou negro", declarou à rádio Apple's Beats.
Na cerimónia de 2019, Drake voltou a expressar publicamente a sua frustração por, segundo ele, artistas negros do hip-hop não receberem crédito suficiente. "Atuamos num campo dominado por opiniões e não por factos", lamentou o cantor ao receber o prémio de Melhor Canção de Rap por "God’s Plan".
"Esta é uma indústria em que às vezes a última palavra recai sobre muitas pessoas que podem não entender o que um rapaz de raça mista do Canadá tem a dizer", reclamou.
Outros artistas negros, incluindo The Weeknd, Frank Ocean e Jay-Z, já afirmaram que consideram os Grammys irrelevantes nos últimos anos, especialmente pela falta de reconhecimento dos artistas negros.
A cerimónia da 64.ª edição dos Grammy Awards será realizada a 31 de janeiro, em Los Angeles.
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