No palco do Museu, em Alfama, a fadista é acompanhada pelos músicos Bruno Mira, na guitarra portuguesa, e Pedro Pinhal, na viola.
Pedro Pinhal também a acompanhou na gravação do disco, com a chancela da Andorinha Fadista, a par de Eurico Machado, na guitarra portuguesa.
Joana Rios estudou na Academia de Amadores de Música e no Conservatório Nacional e, posteriormente, na escola de Jazz Luís Villas-Boas. Aos 19 anos iniciou o curso de Ciências Musicais, na Universidade Nova de Lisboa.
Profissionalmente, entrou nas lides musicais no jazz, em 2005, com o seu primeiro disco em nome próprio, ao qual se seguiu uma série de concertos, em homenagem à cantora norte-americana Ella Fitzgerald, que aponta como uma das suas influências.
Em 2007 editou “Universos paralelos” e, em 2011, “3Desejos”, álbuns em que já cantava maioritariamente música original composta por si.
Do encontro com o guitarrista António Parreira, professor de guitarra portuguesa no Museu do Fado, resultou “Fado de cada um”, constituído por recriações de temas.
“É um disco que nos fala da condição de ser fadista, do Fado enquanto destino, do amor e, claro está, de Lisboa como cenário de uma bela história de encantamento, entre a fadista e o fado”, diz a fadista, num comunicado enviado à agência Lusa.
Do alinhamento do álbum, faz parte “À janela do meu peito” (música e letra de Alberto Janes), e “Triste sina” (Jerónimo Bragança/Nóbrega e Sousa), ambos do repertório de Amália Rodrigues, e ainda “Do fado até mim”, uma letra de Carlos Heitor da Fonseca, que interpreta no Fado Versículo, de Alfredo Marceneiro, e “Fado da vida airada”, uma letra e música de Carlos Heitor da Fonseca.
Do poeta José Luís Gordo, distinguido com o Prémio Amália Rodrigues em 2005, Joana Rios canta, no Fado Varela, de Reinaldo Varela, “Se tu fosses Lisboa”, e, no Fado Menor do Porto, de João Black, “Não era um tempo de fado”.
De Rosário Araújo, interpreta “Onde anda o fado”, na melodia do Fado Latino, de Jaime Santos.
“Lisboa, eterna menina” (Carlos Conde/Carlos Heitor da Fonseca), ”Passos na rua” (Manuel Fernandes/Fado Magala, de Raul Portela), “Fado desatino” (João Bragança/Carlos Heitor da Fonseca) e “No colo da madrugada” (João Barreiros/Fado da Azenha, de Frederico de Brito) são outros temas do álbum.
“O verso do célebre fado ‘Que Deus me perdoe’ - ’fugindo ao fado fugia de mim’ -, resume o percurso artístico de Joana Rios, que nasceu em Lisboa e começou a cantar profissionalmente aos 16 anos”, afirma em comunicado a discográfica.
Segundo a discográfica, “a primeira vez que Joana Rios cantou fado foi aos 19 anos, para o grande Fernando Maurício, que a incitou a perseguir uma carreira como fadista". "Os estudos musicais", porém, "levaram-na a percorrer outros géneros que fizeram parte da sua formação”.
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