Keith Emerson morreu na passada quinta-feira em sua casa, em Los Angeles.  Depois de alguns rumores, os médicos legistas responsáveis pela autopsia confirmaram que o músico se suicidou, acrescentando, ainda, que o teclista sofria de um problema cardíaco.

As autoridades já tinham avançado que a morte estava a ser investigada como suicídio.

Ao jornal Daily Mail, a namorada do fundador dos Lake and Palmer revelou que Keith tinha concertos agendados para o Japão e que, devido a um problemas muscular, tinha sido contratado um teclista de apoio. "Keith estava preocupado. Ele leu todas as críticas online e era sensível. No ano passado ele fez alguns concertos e as pessoas partilharam comentários como, 'gostava que ele deixasse de atuar'"", revelou.

"Keith era uma alma gentil, cujo amor pela música e a paixão pela sua atuação como teclista não terá comparação nos próximos anos", disse Carl Palmer, percussionista do grupo, num comunicado.

Inspirado na teatralidade da guitarra elétrica de Jimi Hendrix, Emerson criou um novo tipo de espetáculo com os teclados, atacando as teclas com facas e o órgão ao contrário, com um enorme instrumento suspenso sobre ele.

Estudou piano clássico em criança na Inglaterra, tocou órgão Hammond e sentiu-se depois atraído pelo jazz.

Mas a sua carreira, assim como o percurso no rock, mudou quando ouviu o influente álbum de 1968, "Switched-On Bach", do compositor então conhecido como Walter Carlos, que tocava peças clássicas com um sintetizador Moog.

Os primeiros sintetizadores analógicos, assim chamados pelo criador, Robert Moog, conquistaram com o tempo o seu espaço na música popular. A sua aparição mais notável foi no álbum "Abbey Road", dos Beatles, em 1969.

Mas Emerson é considerado o primeiro a transformar o sintetizador no instrumento central do rock.

Após o fim da banda The Nice, em 1970, o teclista uniu-se a Palmer e ao cantor e guitarrista Greg Lake para formar a banda Emerson, Lake and Palmer (ELP), que se tornou uma importante força do rock progressivo nos anos 1970.