Depois de um ano de paragem, devido à pandemia da COVID-19, o Festival Eurovisão da Canção regressou para a sua 65.ª edição, que termina este sábado, dia 22 de maio, com a Grande Final. Na última ronda do certamente competem 26 país (os 20 países apurados em duas semifinais; os 'Cinco Grandes'; e o país anfitrião), mas apenas um levará para casa o cobiçado galardão.

Os The Black Mamba, com “Love Is On My Side” conseguiram um lugar na final do Festival Eurovisão da Canção na segunda semifinal do concurso. Na quinta-feira, também se apuraram para a final a Albânia, com o tema “Karma”, a Sérvia, com “Loco Loco”, a Bulgária, com “Growing Up Is Getting Old”, a Moldávia, com “SUGAR”, a Islândia, com “10 Years”, San Marino, com “Adrenalina”, a Suíça, com “Tout l'Univers”, a Grécia, com “Last Dance”, e a Finlândia, com “Dark Side”.

“Discoteque”, da Lituânia, “Russian Woman”, da Rússia, “Voices”, da Suécia, “El Diablo”, do Chipre, “Fallen Angel”, da Noruega, “The Wrong Place”, da Bélgica, “Set Me Free”, de Israel, “Mata Hari”, do Azerbaijão, “Shum”, da Ucrânia, e “Je Me Casse”, de Malta, foram as primeiras dez músicas apuradas na primeira semifinal, que decorreu na terça-feira.

Como é tradição, os restantes seis países - os chamados ‘Cinco Grandes’ (França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido) e o país anfitrião (Países Baixos) - tiveram acesso garantido à final.

Como é tradição, o espetáculo arrancou com o 'Desfile de bandeiras' dos vários países finalistas. Pelo palco da arena Ahoy, os concorrentes apresentaram-se em palco pela ordem de atuação - o desfile só não contou com representantes da Islândia (um dos elementos dos Daði og Gagnamagnið testou positivo à COVID-19).

Os vários concorrentes desfilaram ao som do tema "Venus", hit dos anos 1960 da banda holandesa Shocking Blue e que se tornou mundialmente popular na voz das britânicas Bananarama. Em palco, a canção foi interpretada pelos apresentadores (Chantal Janzen, Edsilia Rombley e Jan Smit) - a influencer Nikkie de Jager preferiu não cantar o tema, partilhando algumas mensagens motivacionais.

Feitas as apresentações da noite, o Chipre teve a missão de abrir a final do Festival Eurovisão da Canção.

VEJA AS ATUAÇÕES:

Chipre / Elena Tsagrinou – El Diablo

Elena Tsagrinou, com o tema "El Diablo", conquistou os fãs do festival da Eurovisão. A atuação enérgica e a letra orelhuda do tema animaram a arena - apesar de não conseguir superar a força de "Fuego", de Eleni Foureira (2018), a artista abriu a final do certame de forma arrebatadora.

Albânia / Anxhela Peristeri – Karma

O ritmo continuou intenso com Anxhela Peristeri, que apresentou "Karma" no palco da arena de Roterdão. Nas redes sociais, a cantora tem sido apelidada como a 'Beyoncé da Albânia' e, tal como na semifinal, provou que consegue dançar e cantar ao mesmo tempo e sem perder o folgo.

Israel / Eden Alene – Set Me Free

Israel foi terceiro país a atuar na final. Este ano, o país jogou todas as suas cartadas com o tema "Set Me Free", interpretado por Eden Alene. Em palco, a artista esteve acompanhada por cinco bailarinos e a atuação foi abrilhantada com chamas e fogo de artifício.

Bélgica / Hooverphonic – The Wrong Place

Depois da festa de Elena Tsagrinou e companhia, os Hooverphonic - banda veterana que se reuniu apenas para o Festival Eurovisão da Canção - acalmaram os ânimos com o tema pop e elegante “The Wrong Place”.

Rússia / Manizha – Russian Woman

Apesar das polémicas internas, a artista russa Manizha conquistou os espectadores e os jurados na primeira semifinal. No palco, a interprete de  "Russian Woman" arrancou a atuação dentro de um volumoso e tradicional vestido, libertando-se depois para um simples macacão vermelho.

Malta / Destiny – Je Me Casse

Destiny (Malta), com o tema "Je Me Casse", fechou a primeira semifinal e conquistou passaporte para a final. Apresentada como um hino sobre a afirmação pessoal, a canção animou a arena -  o carisma da artista, a atuação animada e festiva valeram a Malta uma das maiores ovações da noite.

Portugal / The Black Mamba – Love Is On My Side

Portugal foi o sétimo país a atuar na final do Festival da Eurovisão.  Tal como na segunda semifinal, a atuação dos The Black Mamba foi uma das mais elogiadas da noite nas redes sociais e o tema "Love Is On My Side" rapidamente subiu nos tops mundiais dos serviços de streaming.

Sérvia / Hurricane – Loco Loco

Na segunda semifinal, a girl band Hurricane, da Sérvia, jogou todas as suas cartadas no palco da arena de Roterdão. Na final, o trio voltou a oferecer uma atuação cheia de movimento e cores ao som de "Loco Loco".

Reino Unido / James Newman – Embers

James Newman apresentou uma canção pop no palco do Festival Eurovisão da Canção. Na atuação, o músico esteve acompanhado por quatro bailarinos e duas trompetes gigantes.

Grécia / Stefania – Last Dance

Stefania, que este ano representa a Grécia, foi décima artista a subir a palco com "Last Dance".  Na atuação, a jovem, que já participou no Festival Eurovisão Júnior, apostou em efeitos visuais com recurso a chroma key (fundo verde).

Suíça / Gjon’s Tears – Tout l’Univers

A atuação de Gjon’s Tears, que representa a Suíça, foi uma das mais aplaudidas da noite. Em palco, o músico apresentou o tema "Tout l’Univers".

Islândia / Da∂i Freyr og Gagnamagni∂ – 10 Years

Daði Freyr e a sua banda Gagnamagnið colocaram as redes sociais a dançar no verão passado com "Think About Things", a canção escolhida para representar a Islândia em 2020. Agora, o grupo defendeu o tema "10 Years", uma canção pop-funk que Daði dedicou à sua esposa.

Um dos elementos da banda testou positivo à COVID-19 na quarta-feira, o que obrigou a que fosse transmitida a atuação gravada durante os ensaios.

Espanha / Blas Cantó – Voy A Querdarme

Blas Cantó, com "Voy A Querdarme", partiu para a final em último lugar do top das casas de apostas online. O músico espanhol jogou todas as cartadas na atuação - incluíndo uma lua gigante.

Moldávia / Natalia Gordienko – SUGAR

Natalia Gordienko, com o tema "Sugar", foi a escolhida para representar a Moldávia. O beat animou o público, mas nas redes sociais a atuação não conquistou os espectadores.

Alemanha / Jendrik – I Don’t Feel Hate

Este ano, a Alemanha foi representada por Jendrik, que defendeu o tema "I Don’t Feel Hate" no palco da maior arena de Roterdão. Em palco, o músico brincou com o seu ukulele brilhante e fez-se acompanhar por bailarinos, uma delas vestida de mão.

Finlândia / Blind Channel – Dark Side

Com o seu Nu Metal, os Blind Channel apostaram numa atuação intensa repleta de chamas e jogos de luzes.

Bulgária / Victoria – Growing Up is Getting Old

Sentada numa jangada de pedra, VICTORIA, da Bulgária, embalou o público com a balada "growing up is getting old".

Lituânia / The Roop – Discoteque

Os irreverentes The Roop, que este ano representam a Lituânia, apresentaram "Discoteque", tema sobre dançar sozinho em casa. Na arena, a banda não dançou sozinha, muito pelo contrário.

Ucrânia / Go_A – Shum

Os Go_A, da Ucrânia, decidiram apostar em "Shum", um tema que mistura folk, eletrónicos, world music e pop.

França / Barbara Pravi – Voilà

Barbara Pravi partiu para a final com uma das favoritas à vitória e brindou o público com uma atuação intensa. e intimista.

Azerbaijão / Efendi – Mata Hari

Acompanhada por quatro bailarinas e com uma bola gigante dourada em palco, Efendi apresentou um pouco da tradição do Azerbaijão com o tema "Mata Hari".

Noruega / TIX – Fallen Angel

Com uma atuação a fazer lembrar a digressão "Purpose", de Justin Bieber, Tix, da Noruega subiu novamente ao palco com asas gigantes para apresentar o tema "Fallen Angel". O músico também levou para palco quatro bailarinos e lança chamas.

Países Baixos (anfitrião) / Jeangu Macrooy – Birth of a New Age

Depois de Duncan Laurence, Jeangu Macrooy, com "Birth of a New Age", foi o escolhido para representar os Países Baixos no festival da Eurovisão. A atuação foi uma das mais ovacionadas da noite.

Itália / Måneskin – Zitti E Buoni

Os Måneskin partiram para a final como os grandes favoritos à vitória. A banda italiana surpreendeu com uma atuação irreverente ao som do tema rock "Zitti E Buoni". Em palco, os italiano usaram toda a sua artilharia, desde fogo de artifício aos fatos irreverentes.

Suécia / Tusse – Voices

Apesar do seu desempenho ter desiludido alguns fãs na semifinal, Tusse consegui recuperar e oferecer uma atuação segura.

San Marino / Senhit – Adrenalina

Acompanhada por quatro bailarinos mascarados, Senhit, que nasceu em Itália, teve a missão de fechar o Festival Eurovisão da Canção. Tal como o nome da canção indica, a cantora, conhecida como 'princesa da pop', ofereceu uma atuação cheia de "Adrenalina" e teve a seu lado Flo Rida.