Vindos de Espanha pelo segundo ano consecutivo, Marcus Treinta, de 29 anos, Isabella Soares, de 23, e Rui Soares, de 27, gostaram da primeira experiência e resolveram regressar pela "festa" e pela "música", com Martin Garrix em mente, pelo "canal", pelas "praias" e também pelas "pessoas".
Já para João Pedro Gomes, de 22 anos, a 20.ª edição é a estreia no MEO Sudoeste. Mesmo sem interesse pelos artistas, veio de Braga pela experiência e pela fama do festival, para ficar durante oito dias.
"A música não faz muito o meu género, mas ouvi falar sempre bem do MEO Sudoeste, por isso resolvi vir. Já estive noutros festivais, mas aqui tem uma coisa diferente, que é o campismo, que agora é raro num festival, é um ponto a favor", disse à agência Lusa.
Para Jwana Godinho, programadora do festival, estas motivações não são novidade e há mesmo uma "proximidade [da organização] com o público", que tem contribuído, desde 1997, para a evolução do evento, que aumentou os dias de campismo nos últimos anos e adaptou o cartaz, que deixou de se focar no rock, para se dedicar à música eletrónica.
"A verdade é que há inovações todos os anos, mas acho que no fundo foi o público que acabou por determinar como é que este festival crescia", disse a programadora, que exemplificou com a decisão de o alargar o tempo de campismo para nove dias, há alguns anos atrás, embora o festival decorra durante cinco.
"As pessoas apareciam cá e acampavam, mesmo nós não tendo as estruturas preparadas, e depois percebemos que as pessoas vinham para cá muito mais do que aproveitar a música que punhamos nos palcos, mas por toda esta experiência de festival e de comunidade", exemplificou.
O facto de este ser um festival com "tudo incluído" leva, defendeu ainda, a que "muitos jovens" se desloquem à Herdade da Casa Branca para "uns dias de férias".
"A verdade é que é muito difícil de encontrar algum evento onde se consiga ter nove dias de campismo, mais música, mais toda esta animação por um valor tão baixo", argumentou.
A evolução do género musical proposto em cartaz, que nas primeiras edições era mais rock, com bandas como Marilyn Manson, dEus, Blur, Suede ou, entre outras, The Cure, para a música eletrónica, também foi gradual e atendeu às preferências do público, tendências mais facilmente hoje detetadas pelas redes sociais, revelou.
"Estamos sempre atentos a ver o que é que eles mais gostam e o que é que menos gostam e aquilo que nós podemos fazer para tornar o festival uma experiência absolutamente inesquecível para quem cá está", disse, acrescentando ser esse o motivo de aposta em "alguns dos melhores Dj's do mundo".
Sia e Steve Aoki são alguns dos artistas mais aguardados pelo público entrevistado pela agência Lusa na 20.ª edição do festival, que recebeu na noite de receção ao campista mais de 32 mil pessoas.
Ainda sem querer lançar expectativas, a promotora do festival, revelou contudo serem "muito boas", tendo em conta que, na noite de receção ao campista, quarta-feira, a Herdade da Casa Branca teve "uma das maiores noites de receção de campistas de sempre", com 32 mil pessoas no recinto.
Sia, que sobe ao palco no sábado, é uma das "favoritas" mais mencionadas pelo público entrevistado pela Lusa, a par de Steve Aoki, que esteve já no festival no ano passado, de Martin Garrix, de Wiz Khalifa e ainda de Damian Marley.
O festival, que no ano passado recebeu cerca de 188 mil pessoas, continua até domingo na Herdade da Casa Branca, próximo da Zambujeira do Mar, com Seu Jorge, Damian Marley e Kura, na sexta-feira, James Morrison, Sia e Steve Aoki, no sábado, e Sunnery James & Marciano, Nervo e Steve Angello, no domingo.
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