"Miguel Palma: Ainda o Desconforto Moderno" estará patente a partir de 18 de setembro de 2019, com curadoria de Miguel Von Hafe, sobre um trabalho maioritariamente produzido no campo da instalação, afirmando-se contra a progressiva alienação dos processos de produção.
"Em muitas das suas obras, encontramos um deslumbramento quase infantil com o fazer, que se espelha num encantamento pelos materiais e pela manufatura", assinala um texto da programação do museu, enviado hoje à agência Lusa.
A partir de 20 de março surge a obra de outro artista português: "André Romão: Fauna", assim se intitula a exposição, que tem curadoria de Pedro Lapa, e apresenta novos trabalhos encomendados.
A exposição desenvolve-se mediante quatro núcleos, guiados por uma narrativa linear, livre e especulativa, construída em torno de ideias sobre a sobrevivência e das formas de habitar o mundo, tanto física como culturalmente, propondo "uma viagem noturna surreal".
André Romão nasceu em 1984, em Lisboa, onde vive e trabalha, e o seu trabalho desenvolveu-se nos últimos dez anos através de uma diversidade de suportes, que vão da poesia e da escultura à instalação e ao vídeo.
Um catálogo profusamente ilustrado, incluindo um ensaio aprofundado sobre o trabalho do artista escrito pelo curador, será publicado em inglês e português, segundo o Museu Berardo.
"Victor Pires Vieira: Trash: Lixo de artista", é o título preliminar desta exposição que abre a 05 de julho, construída em torno da ideia do lixo de artista, um tema que vem de 2008, e que Pires Vieira tem vindo a recuperar, produzindo alguns objetos.
Victor Pires Vieira nasceu no Porto em 1950 e frequentou Arquitetura na Escola de Belas-Artes de Paris e Urbanismo na Faculdade de Vincennes, expondo individualmente pela primeira vez em 1971.
Foi um dos participantes da exposição Alternativa Zero, em 1977.
Presentemente a viver e a trabalhar no Estoril, e depois de ter passado pelo registo minimalista, Pires Vieira seguiu a investigação sobre a cor pura, a relação entre forma e fundo e a construção geométrica das formas, e aproximou-se do movimento Supports/Surfaces.
Nos anos 1980, executou uma série de telas monocromáticas, com alinhamentos horizontais e verticais, e atualmente, a sua obra é uma síntese entre a pesquisa formal e a subjetividade, relacionada com as suas obsessões: o tempo e a memória.
A exposição "Guilherme & Chan: (Des)Construções da Memória", com curadoria de João Miguel Barros, a partir do trabalho de dois artistas residentes em Macau, encerra a programação 2019, a partir de 30 de outubro, prolongando-se até fevereiro de 2020.
Vinte anos após a independência de Macau, esta exposição reúne uma série de objetos aparentemente triviais que testemunham os costumes e a vida quotidiana em Macau no passado.
O projeto incluirá fotografias, objetos antigos, vídeos de performances e textos explicativos, prevendo-se ainda a construção de uma grande estrutura em bambu — tal como as que se utilizam na China em todas as edificações — no interior da galeria.
Ung Vai Meng nasceu em Macau, onde estudou desenho e aguarela com o pintor Kam Cheong Ling, e em 1991, com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian e do Instituto Cultural de Macau, estudou no AR.CO, em Lisboa.
Foi nomeado diretor do Museu de Arte de Macau em 1999 e chefe dos Serviços Culturais e Recreativos do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais em 2008, e, em 2017, para presidente do Instituto Cultural do Governo da Região Administrativa Especial em Macau.
Chan Hin Io é natural de Zhongshan, província de Guangdong, e reside atualmente em Macau, dedicando-se à fotografia desde 1996, com especial interesse pelas tradições, pela cultura e pela paisagem urbana de Macau.
Algumas das suas obras fazem parte da coleção do Museu de Arte de Macau e do Arquivo de Macau.
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