Numa nota divulgada no portal da Presidência da República na Internet, o chefe de Estado descreve Luís Filipe Costa, que morreu hoje aos 84 anos, como um "profissional exigente e cidadão empenhado" e apresenta "sinceras condolências" à sua família.

"Luís Filipe Costa, realizador, argumentista e escritor, será lembrado, antes de mais, como jornalista de rádio, nomeadamente pelo estilo inovador que emprestou ao Rádio Clube Português, emissora de que foi uma voz destacada na década de 1960 e através da qual, em 1974, leu ao país os comunicados do Movimento das Forças Armadas", refere Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República acrescenta que Luís Filipe Costa passou depois pela RTP, "onde dirigiu séries, telefilmes e documentários", e salienta que, "além de diversos prémios e reconhecimentos, recebeu, em 2011, as insígnias de comendador da Ordem da Liberdade".

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, também  lamentou a morte do radialista, jornalista e realizador Luís Filipe Costa, hoje, aos 84 anos, cuja voz “será sempre sinónimo de liberdade” e, a carreira, “sinónimo de rigor e de cultura”.

Num comunicado hoje divulgado pelo Ministério da Cultura, Graça Fonseca lamenta a morte de Luís Filipe Costa, considerando que, “para os portugueses, a sua voz inconfundível e carismática, será sempre sinónimo de liberdade e a sua carreira sinónimo de rigor e de cultura”.

Num corte radical e profundo com o que era o jornalismo radiofónico em Portugal até então, o trabalho de Luís Filipe Costa e dos seus colegas é um marco histórico do jornalismo, que criou um modo de informar que educou gerações e gerações de radialistas”, salienta.

A ministra defende que “as palavras ditas pela voz de Luís Filipe Costa valerão sempre mais que mil imagens, porque foi através delas que muitos descobriram o dia que mudou para sempre a história de Portugal, quando, ao microfone do Rádio Clube Português, leu os comunicados do Movimento das Forças Armadas”.

Da rádio, Luís Filipe Costa passaria para a RTP, onde trabalhou como argumentista e realizador, com um currículo de mais de 30 telefilmes e séries, como “A Borboleta na Gaiola”, “Morte D´Homem”, “Arroz Doce”, e “Esquadra de Polícia”.

A ministra da Cultura lembra a “longa carreira” de Luís Filipe Costa como realizador de televisão, “com uma produção diversa, eclética e variada, dirigindo tanto ficção como documentários, designadamente ‘Há só uma Terra’, série pioneira e que introduziu a temática da ecologia e sustentabilidade na programação da televisão portuguesa há mais de 40 anos”.

O jornalista e realizador Luís Filipe Costa, voz da Revolução do 25 de Abril na rádio e autor de mais de 30 telefilmes de ficção, morreu hoje aos 84 anos.

Com carreira profissional iniciada como radialista e ator na Emissora Nacional, entrou depois para o Rádio Clube Português, onde veio a ler os comunicados do Movimento das Forças Armadas.

Da rádio passaria para a RTP, onde trabalhou como argumentista e realizador, com um currículo de mais de 30 telefilmes e séries, como "A Borboleta na Gaiola", "Morte D'Homem", "Arroz Doce", e "Esquadra de Polícia".

Nascido em 18 de março de 1936, em Lisboa, Luís Filipe Costa foi também ator e encenador, e assinou os romances "A Borboleta na Gaiola" e "Agora e na Hora da sua Morte".