Chick Corea, lenda do jazz, morreu aos 79 anos na passada terça-feira, dia 9 de fevereiro. A notícia foi confirmada esta quinta-feira em comunicado partilhado nas redes sociais.

"É com uma grande tristeza que anunciamos que a 9 de fevereiro, Chick Corea faleceu. Tinha 79 anos e foi vítima de um tipo raro de cancro que só foi descoberto muito recentemente", escreveu a família do artista.

"Durante a sua vida e carreira, Chick saboreou o gosto da liberdade e da diversão que tinha em criar algo novo", frisa a nota publicada no Facebook. "Era um marido, um pai e um avô amado e era um grande mentor e amigo para tantos. Através do seu corpo de trabalho e das décadas que passou a fazer digressões pelo mundo, tocou e inspirou a vida de milhões de pessoas", frisa o comunicado.

A nota revela ainda uma mensagem de despedida de Chick Corea. "Quero agradecer a todos aqueles que ao longo do meu percurso ajudaram a manter a chama da música incandescentes. A minha esperança é que todos aqueles que têm uma intuição e inclinação para tocar, compor, atuar ou qualquer outra coisa o façam. Se não o fizerem por vocês, façam-no pelo resto de nós. Não só o mundo precisa de mais artistas como também é mesmo muito divertido", pode ler-se.

O pianista e tecladista de jazz  norte-americano ficou conhecido pelo seu trabalho na década de 1970, nomeadamente no género chamado jazz fusion, apesar das diversas contribuições significativas para o jazz tradicional.

A Chick Corea Elektric Band apresentou-se pela primeira vez em Portugal, em 1990,, nos coliseus de Lisboa e Porto, integrada nos festivais promovidos pela Edilidade.

O artista atuou pela última vez em Portugal em 2015, no Festival Cooljazz, acompanhado por Herbie Hancock. Os músicos contam cada um, com uma carreira de cerca de 50 anos, construindo percursos a que a crítica musical sempre se referiu como de inovação artística do piano.

“Desde a participação nas ‘big bands’ de Miles Davis, nos anos 1960, passando pelos grandes concertos e sucessos, respetivamente, com os Headhunters e 'Return to Forever', nos anos 1970, e pelos muitos prémios de música ganhos, Hancock e Corea estão entre as influências mais importantes no jazz do nosso tempo”, afirmou, em 2015 a organização em comunicado, que se referiu ao concerto em Oeiras como “um raro e histórico” acontecimento com “duas realezas do jazz”.

O norte-americano participou na criação do movimento electric fusion como membro da banda de Miles Davis na década de 1960, e, nos anos 1970, fez parte do grupo Return to Forever.