Peter David morreu este sábado, 24 de maio, aos 68 anos, anunciou a sua mulher, Kathleen O'Shea David, nas redes sociais.

A causa da morte não foi revelada. No entanto, os problemas de saúde do autor já tinham sido tornados públicos nos últimos anos, em particular questões renais e derrames.

Com passagens marcantes pelas editoras Marvel e DC, Peter David ganhou um Eisner Award (o prémio de banda desenhada mais reputado nos EUA) pelo seu trabalho como argumentista das histórias do Hulk ao longo de 12 anos, entre 1990 e 2002.

A essa fase de culto juntaram-se outras sagas elogiadas que escreveu para personagens como Aquaman, Supergirl, Capitão Marvel ou as equipas X-Factor (um spin-off dos X-Men que lhe valeu um GLAAD Media Award em 2011, pela então rara abordagem de super-heróis homossexuais) e Justiça Jovem.

Em 1992 ofereceu, em colaboração com o artista Rick Leonardi, uma das suas criações mais marcantes: o Homem-Aranha 2099, protagonista de uma revista própria cujo legado chegou aos mais recentes filmes da Marvel (caso da animação "Homem-Aranha: Através do Aranhaverso", estreada em 2023, na qual o super-herói futurista tem grande destaque).

Homem-Aranha 2099
Homem-Aranha 2099 Homem-Aranha 2099 créditos: Rick Leonardi/Marvel Comics

Conhecido pela mistura equilibrada de drama e humor e pela forma como a explorava para aprofundar as personagens (das protagonistas às secundárias), Peter David também deixa uma longa obra fora da BD.

Escreveu livros originais e dos universos de "Star Trek" e foi argumentista de séries (episódios de "Babylon 5" ou duas temporadas de "Space Cases", que cocriou), de filmes da produtora independente Full Moon Entertainment (sagas "Trancers" ou "Oblivion") e de videojogos (como "Spider-Man: Edge of Time").

Nascido em Maryland em 1956, o autor era pai de quatro filhos.