Este novo romance de Jonathan Coe, escritor que se encontra a fazer uma residência literária em Cascais e vai participar em dezembro no festival literário Tinto no Branco, em Viseu, debruça-se sobre o ‘Brexit’, tendo-se tornado um sucesso internacional pouco depois de ter sido publicado.

“Middle England” é um dos quatro finalistas ao Prémio Costa deste ano, que divulgou hoje a lista dos candidatos ao prémio literário nas suas cinco categorias: romance, primeiro romance, biografia, poesia e livro infantil

No que respeita aos romances, concorrem com Jonathan Coe as escritoras Sophia Hardach, e o seu romance “Confession with blue horses”, e Rowan Hisayo Buchanan, com “Starling Dais”, bem como o autor Joseph O’Connor, com o romance “Shadowplay”.

Nenhum destes romances se encontra publicado em Portugal, embora Rowan Hisayo Buchanan já tenha publicado em 2018 “Inofensivas como tu”, pela Bizâncio, e Joseph O’Connor tenha publicado em 2011 “Estrela do mar”, na D. Quixote.

Quanto aos candidatos ao Prémio Costa para primeiro romance, contam-se os autores Brian Bilston, com “Diary of a somebody”, Candice Carty-Williams, com “Queenie”, Sara Collins, com “The confessions of Frannie Langton”, e Joanna Glen, com “The other half of Augusta Hope”.

As biografias finalistas deste prémio literário britânico são “On Chapel Sands: My mother and other missing persons”, de Laura Cumming, “The Volunteer: The True Story of the Resistance Hero who Infiltrated Auschwitz”, de Jack Fairweather, “In Extremis: The Life of War Correspondent Marie Colvin”, de Lindsey Hilsum, e “The Making of Poetry: Coleridge, the Wordsworths and Their Year of Marvels”, por Adam Nicolson.

Na área da poesia estão listados Jay Bernard, com o livro “Surge”, Mary Jean Chan, com “Flèche”, Paul Farley, com “The Mizzy”, e John McCullough, com “Reckless Paper Birds”.

O prémio Costa para livro infantil irá distinguir uma das quatro obras “Asha & the Spirit Bird”, da autora Jasbinder Bilan, “Crossfire”, de Malorie Blackman, “In the Shadow of Heroes”, de Nicholas Bowling, e “Furious Thing”, de Jenny Downham.

Lançado em 1971, o Prémio Costa (Costa Book Awards) é um dos mais prestigiados e populares galardões literários do Reino Unido, distinguindo anualmente os melhores livros do ano, escritos por autores residentes no Reino Unido e na Irlanda.

O prémio tem cinco categorias – cada uma delas é avaliada separadamente por um painel de três juízes - e dos vencedores de cada uma das categorias, um é escolhido como O Livro do Ano, este selecionado por um painel de nove membros, que inclui representantes dos painéis originais.

O vencedor do Livro do Ano, que será anunciado no final de janeiro, recebe um prémio monetário no valor de 30 mil libras (aproximadamente 35 mil euros).

No ano passado, o Prémio Livro do Ano foi para “The cut out girl”, de Bart van Es, a biografia de uma sobrevivente do Holocausto, Lien de Jong, hoje com 85 anos.

O prémio melhor romance distinguiu “Normal people”, de Sally Rooney, o primeiro romance galardoado foi “The Seven Deaths of Evelyn Hardcastle”, de Stuart Turton, o melhor livro de poesia foi “Assurances”, de J.O. Morgan, e, na área infantil, o livro distinguido foi “The Skylarks’ War”, de Hilary McKay.