“O Diário de Anne Frank”, escrito por uma menina que vivia escondida com a família em Amesterdão durante a ocupação nazi e que foi publicado pela primeira vez em 1947, foi agora adaptado a banda desenhada e chega às livrarias portuguesas a 21 de setembro, anunciou hoje a Porto Editora, em Lisboa, durante a apresentação das novidades daquele grupo editorial até ao final do ano.

De acordo com a Porto Editora, trata-se da primeira adaptação para banda desenhada aprovada pela família da menina que escreveu o diário entre 12 de junho de 1942 a 01 de agosto de 1944 e pela Fundação Anne Frank.

Os autores desta adaptação são Ari Folman e David Polonsky, respetivamente realizador e ilustrador do filme “A Valsa com Bashir”, vencedor do Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro e candidato aos Óscares na mesma categoria, em 2009.

Em "O Diário de Anne Frank", Anne Frank, que morreu em março de 1945 no campo de concentração de Bergen-Belsen, escreve sobre a sua vida e a da família, bem como sobre várias outras pessoas, também judias, durante o período em que viveram escondidas num anexo para evitar a perseguição dos nazis.

A editora revelou que, para 2018, tem prevista a edição de uma outra adaptação a banda desenhada de um clássico da literatura: “O Velho e o Mar”, de Ernest Hemingway.

Entre as novidades da Porto Editora a serem editadas até ao final do ano estão também o novo romance de Isabel Allende, “Para lá do Inverno”, na qual a escritora “aborda a realidade da migração e da identidade da América de hoje através de personagens que encontram a esperança no amor e as segundas oportunidades”, e o primeiro romance de Carla Pais, “Mea Culpa”, que a editora considera que “anuncia uma nova voz na jovem literatura portuguesa”.

A Porto Editora tem também previstas as reedições de “A casa da cabeça de cavalo”, de Teolinda Gersão, e “Cadernos de Lanzarote – Diários IV”, de José Saramago, a edição de “Corações de Pedra – A Maldição Neoliberal”, do fundador do Partido Socialista (PS) Alfredo Barroso, e “As Piores Crianças do Mundo”, do britânico David Williams, “o autor mais vendido no Reino Unido no primeiro semestre de 2017”.

No campo da literatura infanto-juvenil, a Porto Editora apresentou uma nova coleção, “As Aventuras do Urso Malaquias”, do pediatra Mário Cordeiro, destinada a crianças com idades entre os três e os seis anos e que inclui dicas para pais e educadores.

Em setembro chegam às livrarias os dois primeiros volumes da coleção: “Malaquias não gosta de perder” e “Malaquias não resiste a chocolate”.

Para outubro está prevista a edição de um novo livro de Luísa Ducla Soares, “João Pestana”, de um novo volume da coleção “Os Indomáveis F.C.” de Álvaro Magalhães, e a reedição de “O livro do Natal”, de Maria Alberta Menéres, entre outros.

Noutra das chancelas do grupo, a Livros do Brasil, está prevista a edição de “Morte pela Água”, um dos títulos mais recentes de Kenzaburo Oe, Nobel da Literatura de 1994 e “um dos mais importantes autores japoneses vivos”.

Até ao final do ano, a Livros do Brasil tem ainda agendadas as reedições de “Um dia diferente”, de John Steinbeck, “Cidadela”, de Antoine Saint-Exupéry, e “Ébano”, de Ryszard Kapuscinski.

Sob chancela da Sextante Editora serão editados até ao final ano, entre outros, “O mal que deploramos – O drone, o terror e os assassinatos-alvo”, do ex-primeiro-ministro José Sócrates, “Reflexões sobre o nazismo”, do prémio Pulitzer de 2008 Saul Friedländer, e “Conte-me tudo – 12 grandes entrevistas”, uma compilação de entrevistas feitas na década de 1990 pelo ex-apresentador de televisão Carlos Cruz.