A sessão de lançamento da obra, que reúne um conjunto de contos, está agendada para as 16:00, na Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca, em Santiago do Cacém, no litoral alentejano.

Instituído em 1995 pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém, o prémio pretende homenagear o escritor Manuel da Fonseca, figura incontornável da literatura portuguesa, distinguindo contos originais, escritos em língua portuguesa por autor natural de qualquer país que integre a comunidade lusófona.

Maria de Fátima Ferreira Rolão Candeias, que concorreu sob o pseudónimo MNEMÓSINE, recebeu, em outubro do ano passado, a distinção relativa à obra vencedora da 12.ª edição do prémio, que tem caráter bienal.

O livro foi escolhido, por unanimidade, pelo júri, constituído por José Manuel Mendes, presidente da Associação Portuguesa de Escritores, Manuel Frias Martins, presidente da Associação Portuguesa dos Críticos Literários e pela mestre em estudos portugueses e professora Paula da Graça Rodrigues.

Trata-se, segundo o júri, de um “conjunto de contos com uma ligação interna de natureza reflexiva e cujos núcleos temáticos colocam em primeiro plano incidentes do quotidiano para deles extrair lições de vida".

A escrita "agradável de seguir graças a um discurso equilibrado e comunicativo” também esteve na base da atribuição do prémio a Maria de Fátima Candeias.

Com “Um Fiel Jardineiro”, a escritora recebeu um prémio de quatro mil euros, além da edição do livro que é lançado oficialmente, este sábado, no concelho onde nasceu o escritor Manuel da Fonseca.

De acordo com o município de Santiago do Cacém, na 12.ª edição do Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, que pretende contribuir para a revelação de novos criadores da língua portuguesa, foram admitidos a concurso 19 originais de autores lusófonos.

Manuel Lopes Fonseca (1911-1993), conhecido no mundo das letras como Manuel da Fonseca, foi poeta, contista, romancista e cronista. Nas suas obras, marcadas pela intervenção social e política, relatou a dureza da vida no Alentejo, realidade que lhe era próxima.

“Cerromaior” (1943) e “Seara de Vento” (1958), vários volumes de poesia e também de contos, como “O Anjo no Trapézio” (1968) ou “O Fogo e as Cinzas” (1953), são alguns dos seus livros.